Os Olhos de Tammy Faye é brega com intenção 
Levando em consideração apenas o cartaz, Os Olhos de Tammy Faye definitivamente não seria um filme no qual eu daria play, mas aí veio a temporada de premiações, que além de dar destaque ao filme, premiou muito sua atriz principal, Jessica Chastain.
Por se tratar de uma história real, o filme conta demais com a presença e interpretação de Chastain, que definitivamente entrega um ótimo papel e se destaca dentre os demais atores da obra. É impossível não se convencer pelo sofrimento e pela bondade de Tammy Faye, uma mulher que cometeu muitos erros, mas era amorosa acima de tudo.
Para quem, assim como eu, não conhecia a história desta mulher, ela era simplesmente a maior apresentadora gospel da TV norte-americana. E no longa, vemos a ascensão e a queda da televangelista e de seu marido, Jim Bakker, nas décadas de 1970 e 1980.
Por estarmos falando dos anos 70 e 80, além de nos centramos em um contexto televisivo religioso, o filme é brega, extremamente brega. Mas não digo isso de uma forma ruim, muito pelo contrário, este elemento ajuda a nos situar na história, além de em alguns momentos, ser quase um charme dela.
Outra coisa impecável é a caracterização de Jessica Chastain e Andrew Garfield, que perdem um pouco de suas características físicas e vão sucumbindo ao exagerado conforme os anos vão passando. Tammy Faye era reconhecida por sua beleza extravagante e seus olhos de maquiagem bem marcada, coisa que se mantém muito bem aqui.
Por fim, preciso dizer achei este um filme um pouco longo para sua proposta, o que pode cansar o espectador, por isso, assistam em um dia que estiverem dispostos e sem sono.