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Avatar- Norte e Sul retorna a discussão entre a modernidade e o tradicionalismo (Com SPOILERS)

Avatar- Norte e Sul
A HQ é focada em Sokka e Katara voltando para casa

Após passarem anos juntos do Avatar salvando o mundo, Katara e Sokka voltam para a Tribo da Água do Sul e ficam chocados ao descobrir que ela foi de uma pequena vila para uma cidade cheia de construções, comércio e movimento. De início vemos um Sokka deslumbrado com o “avanço” de seu povo, no entanto, Katara sente ali uma imposição para que seus costumes mudem e fiquem adequados aos da Tribo da Água do Norte, conhecida por ser retrógrada no treinamento das dominadoras de água, mas muito mais organizada nas questões políticas.

A situação não melhora quando os irmãos conhecem Malina, uma cidadã da Tribo do Norte, que está por trás das mudanças e planeja unificar as duas nações com a ajuda de seu irmão e do pai dos nossos protagonistas, Hakoda. Inclusive, sentimos que a situação fica ainda mais pessoal para Katara quando descobrimos que Malina e Hakoda estão se relacionando.

Em meio a uma trama que desenvolve a colonização, a importância da cultura e também o significado de família, temos ainda Gilak, um guerreiro que junto aos que não concordam com os novos planos da Tribo do Sul, planeja uma rebelião. Apesar da nostalgia que tem do lugar que sempre morou e da valorização de sua cultura, Katara e Sokka passam por muitos conflitos internos ao terem que escolher entre o que acham correto e o que o pai deles escolheu seguir, e por isso, acho essa HQ tão fantástica.

Durante a narrativa vamos descobrindo as verdadeiras intenções de Malina, assim como as de seu irmão, que na verdade queriam apenas roubar o óleo da civilização do Sul e transforma-la em uma colônia. As coisas definitivamente não saem como planejado já que uma guerra civil é iniciada, e nela, Katara e Sokka encontram-se novamente em posições opostas mas tentando sempre achar uma boa solução que não envolva ver seu povo entrando em confronto.

No meio de tudo isso também vemos Aang, Zuko e Toph, que fazem uma participação especial na trama para ajudar os amigos, e mais uma vez tenho que dizer aqui, a aparição deles faz muito mais sentido se vocês tiverem lido A Fenda e Fumaça e Sombra antes. A ordem cronológica das HQs se mostra cada vez mais necessária.

Bom, voltando a trama, assim que todos os líderes chegam, eu senti mais um passinho de A Lenda de Korra sendo formado, pois Hadoka explica aos demais representantes quais são suas visões para o futuro: um porto para facilitar a viagem ao Sul, embaixadas em todas as nações, além de possibilidades para melhorar a economia e se aproximar do restante do mundo. E a HQ termina exatamente assim, após muita luta e o Time Avatar conseguir deter Gilak, eles se juntam na casa de Gran Gran (avó de Katara e Sokka) para comer os pratos típicos de cada região diferente e celebrar a união que prosperará em breve (isso até me lembrou o final do desenho de A Lenda de Aang na casa de chá do tio Iroh).

No fim muitas pessoas não mudaram de opinião, mas é impossível que todos pensem de forma semelhante não é?! A HQ nos mostra isso, que o avanço e tradicionalismo devem coexistir em equilíbrio, assim como ideais divergentes, pois o mundo é muito vasto para ser igual.

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