FREAKS REVIEW

Amores Materialistas: legal para o amor, mas e a profissão?

Amores Materialistas é bom, mas não tão bom quanto poderia ser

Amores Materialistas poderia ser um filme melhor, essa é uma afirmação necessária, mas não quer dizer que a obra seja ruim. Eu aprecio muito a maneira como Celine Song conta histórias e acredito que isso foi muito bem feito neste filme, agora o porquê da escolha da protagonista pelo interesse romântico pobre tem que minar a carreira dela… Bom, a Ana Luiza racional não entende.

No final do filme, existe uma relação direta entre o fato da personagem da Dakota Johnson escolher ter uma vida com quem ama e tender a se demitir no momento exato em que ganha uma promoção, como se ao aceitar ficar com alguém mais simples, você finalmente enxergasse que só o amor importa e “é disso que vamos viver”, o que não faz sentido com todo o restante do longa e nem com a personagem.

Apesar de óbvia, eu adorei a forma como nos mostram que se relacionar é um mercado e que relações só existem por interesse. Também gosto de como deixam claro que não adianta querer uma coisa, enquanto você acredita em outra: a protagonista quer um cara rico, mas passa boa parte do filme dizendo que não sabe o porquê dele querer ela. Talvez o relacionamento dos dois até desse certo, mas a verdade é que ela nunca quis que isso acontecesse.

Outro aspecto positivo é a estética impecável do filme, também acho que os atores são ótimos e o senso de realidade aqui está quase 100% apurado, mas falta algo. Eu não sei exatamente o que é, no entanto, é perceptível que falta! 

Eu esperava que Amores Materialistas fosse a grande nova comédia romântica dessa geração, mas mesmo que não seja, vale se frustrar e acreditar no amor enquanto assiste Dakota Johnson e Pedro Pascal em tela.

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