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As Três Filhas fala sobre como o amor é o que conecta após o luto 

Se você não se emocionou na cena da poltrona, tá morto por dentro!

Três irmãs tem que lidar com os cuidados ao pai em seus últimos dias de vida. É certo que ele partirá em breve, mas o papel de cada uma delas nesses período final é o que acaba gerando conflitos internos e MUITOS externos.

Apesar deste não ser o momento, sem perceber, as irmãs que são pouco conectadas e completamente diferentes acabam vendo na presença uma da outra a oportunidade de lavar roupa suja por todos os anos em que estiveram juntas e pelos que não estiveram também.

A comunicação entre elas acontece nas entrelinhas, assim como a revelação da maneira como todas verdadeiramente se enxergam. Inclusive, o que mais gosto é como o longa deixa claro que em um momento tão delicado como esse, o grande sofrimento é o da família.

A maneira como escolhe mostrar isso (ou não) também é muito interessante, pois o pai, que é o que as reuniu, mal aparece durante o filme, apenas em um momento bem específico que se torna bastante emocionante por esse mesmo motivo.

O longa dirigido e escrito por Azazel Jacobs é contido, emocionante e tem ótimas protagonistas: Elizabeth Olsen, Carrie Coon e Natasha Lyonne, todas entregues aos seus papéis de mãe compreensiva, mãe “carrasca” e filha rebelde, respectivamente.

Algo na sinopse do filme o resume muito bem, por isso, quero usar tal frase para finalização: “enquanto a morte do alicerce delas se aproxima, as queixas irrompem e o amor se infiltra pelas rachaduras de um lar fraturado”.

O filme é ótimo e está disponível na Netflix.

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