Baú da Freaks: Awake tem uma boa premissa, mas não atinge seu potencial
Awake conta a história de Jill, uma ex-soldada, que se vê em um empasse quando após um súbito aquecimento global, ninguém mais é capaz de dormir. No entanto, a chave para resolver essa situação está em suas mãos, já que a filha continua com essa habilidade, que acaba se mostrando tão importante para o ser humano.
A atuação de Gina no filme é espetacular, ela entrega verdade em seu amor pelos filhos, na confusão gerada pelo sono e no desespero por ver o mundo pelo qual lutou no passado, ruindo em sua frente. As cenas da obra me deixaram bem apreensivas, devo dizer que foram muito bem feitas, em especial quando vemos alucinações dos personagens.
A ideia do filme é excelente, explorando de forma assustadora como a falta de descanso pode nos afetar, diminuindo nosso raciocínio, reflexos e nos levando a um desgaste emocional gigante. Entretanto, sinto que as coisas escalonam de forma muito rápida e causam empecilhos que são difíceis de comprar.
Temos ainda outros fatores que acabam ficando superficiais, como o fato da protagonista ser traumatizada, com diversos problemas relacionados a insônia e abuso de drogas. Essa é uma faceta que poderia dar mais camadas para ela, mas não é muito abordada e ficamos com aquele gostinho de que é legal, mas poderia ser muito melhor.
Aliás, esse filme é todo assim, uma obra bem legal, rápida e intrigante, que se mantém boa e poderia se estender mais, aprofundar os relacionamentos familiares, dar mais destaque para os traumas de Jill e desenvolver alguns personagens secundários. Mesmo com esses “mas”, eu recomendo que assistam.