FREAKS INDICAFREAKS REVIEW

De Volta aos 15 – a magia e nostalgia da adolescência brasileira

As duas versões de Anita são igualmente encantadoras

Que gostoso é assistir uma série brasileira tão leve, representativa e nostálgica como De Volta aos 15- obra que eu queria ter visto antes, mas que no momento em que iniciei, fiz questão de maratonar o mais rápido possível. Afinal, 12 episódios de Maisa, intrigas adolescentes, as esquisitices de 2006 e músicas sensacionais, fazem tudo valer a pena.

A obra, que se baseia em um livro de Bruna Vieira, conta a história de Anita, que aos 30 anos, se vê infeliz com o caminho que sua vida tomou. Cansada, ela encontra o primeiro blog que criou, aos 15 anos de idade. Desejando voltar para uma época em que tudo era mais fácil, a jovem adulta fecha os olhos e, ao abrí-los, tem seu desejo realizado, voltando no tempo para o período que tanto queria, porém, com sua mentalidade atual. 

Com a chance de mudar tudo, Anita percebe que viajar no tempo pode ser mais complicado do que ela achava, principalmente, quando suas ações começam a influenciar- na maioria das vezes negativamente- o futuro de seus amigos e familiares. Tentando consertar a vida de todos, vemos Anita no passado e no presente se desdobrando para alcançar um futuro que nem mesmo ela sabe qual é, ou seja, uma utopia em que tudo está perfeito.

Bagunçando completamente a linha do tempo, Anita acaba trazendo novas pessoas para seu grupo de amigos, como Camila, Joel e Fabrício, que são ótimos acréscimos para as relações construídas com a prima Carol, a irmã Luiza e o melhor amigo/ crush Henrique. São esses personagens, especialmente na versão adolescente, que fazem a gente torcer, se irritar e amar tanto a série, afinal, nos lembram da difícil fase da adolescência.

Eu não poderia deixar também de falar das duas versões de Anita, as maravilhosas Maisa e Camila Queiroz,  duas atrizes excelentes e sem as quais essa série não seria tão boa. Elas entregam demais quando o assunto é drama e mais ainda quando comparamos a parte visual e de trejeitos, duas maravilhosas.

Também poderia passar horas falando sobre como amo a Luiza, passei a sentir carinho pelo Joel, me apaixonei pela história da Camila e desenvolvi uma paixonite pelas duas versões do Fabrício, mas resumindo, o que mais encanta aqui é ver uma produção jovem e brasileira, com vários artistas sensacionais, que se espelha na gente: nossas modas, nossa linguagem, nossas músicas, nossa adolescência.

A série está disponível na Netflix.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *