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Frances Ha: perdida aos 27 anos

Será que estamos prontos para ver quem amamos ir?

Farei 27 anos em dezembro e isso foi o que mais me pegou em Frances Ha, ver uma mulher na minha idade sem a mínima noção do que fará na vida. Eu me identifico, tenho sim algumas direções a seguir, mas nada parece concreto e o filme retrata muito bem esse aspecto.

Já me disseram que Frances Ha faz parte de um guarda-chuva de longas sobre Messy Girls e eu sou fascinada por esse tipo de obra. Mulheres reais, que muitas vezes se sabotam e ainda estão tentando entender quem são, assim como de que maneira vão sobreviver nesse mundo extremamente imperfeito, são totalmente relacionáveis e eu aplaudo cada uma delas.

Aqui, em uma obra em preto e branco, com pouco menos de 1 hora e meia, vemos Frances se entendendo após a percepção de que sua melhor amiga está construindo uma vida e, de que provavelmente, ela ficará sozinha. Essa solidão assusta Frances, que sempre se viu como parte de alguém, e eu reconheço esse sentimento porque foi exatamente o que vivi quando minha irmã decidiu se mudar para Guarulhos.

Gosto de como essa obra é verdadeira e ainda mais do fato de que além de atuada pela maravilhosa Greta Gerwig, também foi escrita (co-escrita na verdade) por ela, uma das minhas cineastas preferidas. Faz sentido Frances Ha retratar tão bem o que é ser uma mulher confusa perto dos 30, porque de fato teve o olhar de uma mulher assim em seu roteiro. Tem como ser melhor?

O filme está disponível na Prime Video, assistam!

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