Honor Society mostra como o clichê adolescente pode ser mais explorado
Honor Society é um filme que nos dobra, assim como sua personagem principal, mostrando de forma sagaz e atualizada como ainda existem formas diferentes de brincar com um clichê: criando, realizando e subvertendo expectativas, enquanto desenrola uma daquelas histórias gostosas de se acompanhar.
No filme teen, Honor é uma ambiciosa aluna do último ano do ensino médio, cujo único foco é entrar em Harvard, supondo que consiga a cobiçada recomendação de seu orientador, o Sr. Calvin. No entanto, ela tem que disputar essa vaga com outros três colegas, todos muito inteligentes e em contextos completamente diferentes do dela.
Disposta a fazer o que for preciso para conseguir sua vaga, Honor inventa um plano bem cruel, mas que acaba dando certo de outras maneiras, para derrubar seus três principais concorrentes, dificultando a vida acadêmica deles durante o último semestre do ano letivo. Tudo poderia dar certo, claro, se ela não se apaixonasse por seu principal oponente, Michael.
Algo que considero corajoso e muito bem feito aqui, é o fato de termos uma protagonista com atitudes detestáveis em 90% do tempo, mas que tem nossa torcida mesmo assim. Honor é metódica, se acha melhor que os outros e reclama de tudo, mas é possível compreender suas motivações, entender o medo que ela tem de chegar ao seu topo na faculdade e depois cair em declínio.
Além disso, também é necessário elogiar o final deste filme, que assim como Not Okay, compreende qual é o desfecho necessário para seus personagens e, sobre isso, não posso me alongar tanto para deixar a surpresa intacta para vocês!
Honor Society está disponível no Paramount+.
