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Monster: quando ninguém e, ao mesmo tempo, todo mundo é o monstro

Quem é o monstro?

Parasita me abriu portas para ir atrás de alguns filmes asiáticos e desde então tenho me surpreendido muito. A Criada, Drive My Car e Old Boy são alguns ótimos exemplos disso, sendo seguidos agora por Monster, longa de 2023 que me deixou muito mexida.

A história gira em torno de Saori, uma mãe desconfiada dos comportamentos estranhos que seu filho começou a apresentar recentemente e, ao que tudo indica, sem nenhuma explicação. Cortar o cabelo, se isolar e apresentar algumas ações violentas, tudo parece de alguma forma errado, mas ao mesmo tempo normal.

Desconfiada, logo Saori relaciona a situação a um professor que dá aulas na escola de seu filho e decide ir até o local para saber o que está acontecendo, se deparando com respostas vagas e uma encenação pavorosa que parece existir apenas para deixar as coisas por debaixo do pano.

Que coisas? O que está acontecendo? O longa é extremamente sensível e inteligente ao mostrar que existem vários lados de uma mesma história, sendo que ninguém ali é totalmente inocente e nem culpado, as mentiras e as aparências são os monstros, a reputação é o que assusta verdadeiramente.

E é ao chegar perto da verdade, do que se passa realmente com esse menino, que nosso coração se despedaça e somos jogados com muita sutileza para uma triste e extremamente possível realidade. Trilha sonora, direção, atuações, roteiro e montagem são ótimos, Monster está disponível no Telecine.

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