FREAKS INDICA

Shiva Baby é uma sucessão de momentos constrangedores 

O que puder dar errado, vai dar…

A trilha sonora, pessoas fofoqueiras/ julgadoras, o ambiente fechado e as dezenas de vozes em poucos cômodos, esses são alguns dos fatores que tornam Shiva Baby um filme desconfortável, mas que ao mesmo tempo, nos deixam curiosos para saber o que raios mais pode acontecer nesse evento.

Depois do filme, fui procurar entender o que era um shivá, já que dentro da obra isso fica implícito, mas não é tão explicado. Diz-se que dentro do judaísmo, o período de sete dias de luto mantido pela morte de uma pessoa próxima é chamado de Shivá. No entanto, no filme, sabemos muito bem que Danielle pouco sabe sobre esse falecimento.

Aqui, uma jovem indecisa sobre sua carreira profissional se sente pressionada a “tomar um rumo na vida”, o que a faz encontrar maneiras alternativas de ganhar dinheiro, isso, enquanto finge ser uma babá. Isso tudo se intensifica quando vai a um funeral junto de sua família e passa por vários momentos constrangedores.

O caos se arma quando Danielle reencontra sua ex-namorada, de uma relação reprimida por ambas as famílias, e seu sugar daddy, que coincidentemente conhece o pai dela e, para piorar, possui uma mulher e um bebê de oito meses, dos quais a protagonista não fazia ideia da existência. Tudo isso, ao mesmo tempo, no shivá.

Shiva Baby passa rápido, mas não sem antes deixar nossos corações acelerados e uma ansiedade generalizada no ar, sabemos que tudo o que puder dar errado, vai dar, só que as situações acontecem com uma criatividade absurda, algo que se deve a eficaz roteirização e direção de Emma Seligman, também responsável pelo impecável Bottoms, conhecido também como Passivonas (nenhuma outra tradução será aceita). 

O filme vale muito a pena e está disponível na Prime Video.

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