Baú da Freaks: Mulher Maravilha- Terra Morta
Fala Freaks! devo dizer que não tenho nem roupa para fazer uma crítica e indicação desta história em quadrinhos para vocês, mas vou mesmo assim. Mulher Maravilha- Terra Morta é uma minissérie lançada pelo Selo Black Label da DC, no qual os quadrinistas podem criar histórias fora da continuidade da editora e tem a liberdade de ousar em suas narrativas.
Em breve sinopse, nesta história vemos a Mulher Maravilha acordando depois de um sono de muitos séculos para descobrir que a Terra foi reduzida a um deserto nuclear. Abandonada em um sombrio e perigoso futuro, Diana deve proteger a última cidade humana de monstros titânicos enquanto descobre os segredos da Terra Morta.
Bom, esse não é o primeiro quadrinho que leio sobre a Mulher Maravilha, mas fico feliz que tenha sido o que escolhi para fazer uma crítica/recomendação, porque é uma das histórias mais originais e maravilhosas que li sobre Diana. A HQ tem uma ambientação futurista, medieval e ao mesmo tempo apocalíptica. Ela é violenta, suja e extremamente real, mistura que dá muito certo e cria um universo sobre o qual eu definitivamente queria ver mais.
Durante as 200 páginas de história, nos deparamos com a mesma Diana de sempre: honesta, digna e que ama a humanidade, uma frase dela me marcou e lembra uma cena do filme feito por Patty Jenkins (2017): “Luto por vocês mesmo quando eles me aprisionam, mesmo quando vocês me traem”.
Como na maioria das HQs de Mulher Maravilha, é claro que também temos o feminismo bem presente, Diana não se importa em amar e mostrar suas fragilidades, mas ela definitivamente não será a esposa de nenhum homem e nem liderada cegamente, ela é livre e pertence a si própria.
Outro ponto interessante é que a narrativa nos mostra personagens já conhecidos pelo universo DC em contextos completamente diferentes, você imaginaria a Mulher Leopardo lutando conta Diana em uma arena apocalíptica cheia de gente torcendo? Ou esse uniforme, que é sem dúvidas o meu preferido da Mulher Maravilha?
Eu tô apaixonada por essa Diana, pelo poder e pela luta dela. Eu nunca tinha visto algo tão cativante em uma HQ quanto o combate dela contra o Super-Homem, que duelo meus amigos…
Gosto também dessa troca constante sobre quem é o verdadeiro vilão da história, pois todos erram. Mesmo sendo uma deusa, Diana ainda tem seus momentos críticos, e vê-la encarando suas falhas e ter a humanidade como quem decide se ela merece uma segunda chance ou não é uma verdadeira inversão de papéis.
Aliás, fiquei chocada com o plot twist dessa história, rola quase na metade da HQ e eu simplesmente me rendi pela criatividade. As peças são montadas aos poucos, e é triste/curioso entender o que fez a humanidade chegar no ponto em que está, com toda uma guerra que aconteceu pelo simples medo do desconhecido.
Para finalizar acrescento: que representatividade! Nossa Mulher Maravilha não é a típica branca e muito menos usa vestes curtas, ela é uma guerreira cheia de cicatrizes e que continua a mesma, pois é muito além dos seios fartos e os olhos claros.
Ai Freaks… só leiam!