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Baú da Freaks: Electric Dreams

E então eu finalmente vi Electric Dreams, série de 2017 do Channel 4, que adapta de forma antológica as histórias de Philip K. Dick, escritor renomado de ficção científica. Atualmente, a obra está disponível na Amazon Prime Video e não tem segunda temporada confirmada.

Série tem altos e baixos divididos em dez episódios
Série tem altos e baixos divididos em dez episódios

A série não me conquistou de início, teve um primeiro episódio fraco e que não me pegou pelo enredo, mas aos poucos fui sendo absorvida por esse mundo e a pira dele, que como diriam alguns: “é muito Black Mirror”.

Acho que um dos problemas de ser uma série que se baseia em diversos contos, é que existem muitos altos e baixos na temporada, com algumas histórias que são excelentes e muito criativas, enquanto outras flertam com ideias muito legais, mas não se desenvolvem muito.

Outra coisa que me incomoda é a legenda da Amazon Prime, acho horrível ter que reclamar de algo tão básico, mas aqui é necessário. A legenda gruda as palavras e atrapalha a interpretação do espectador, que pode acabar se confundindo e perdendo informações importantes dos episódios.

Mas não só de coisas ruins é feita Electric Dreams, além grandes ideias maravilhosas, os efeitos especiais da série são ótimos e as ideias de evolução das tecnologias bem plausíveis, o suficiente para nos fazer refletir sobre como lidamos com a modernidade e se estamos fazendo isso de forma correta.

Foi durante o episódio três que eu finalmente tive o estalo de que precisava continuar a série e que se ela permanecesse nesse nível eu iria termina-la satisfeita. Em uma ordem de episódios dos ruins para os bons, lista que faço aqui porque não é necessário assistir a todos, o meu ranking é: 7, 2,1, 9, 8, 6, 5, 10, 4, 3.

Reservo aqui um espaço para falar do meu episódio favorito, o terceiro, que traz uma atmosfera mais sombria e adentra um pouco ao mundo Cyberpunk. “Humano É” acaba sendo certeiro ao dar mais profundidade para a história e seus personagens durante os quarenta minutos que tem.

A trama é intensa e aborda relacionamentos desgastados e até mesmo abusivos, meritocracia, senso de comunidade e as verdadeiras características que nos fazem humanos, ou melhor, dignos de sobreviver.

Não vou revelar o final, mas devo dizer que muito além de um plot twist jogado ou um grande soco no estômago, me deparei com uma conclusão bonita, extremamente humana e ao som de Wonderwall.

Momento surto: Que delícia é ver Janelle Monáe atuando como uma droide nessa série, a grande salvação do episódios dois.

Surto dois: a fotografia e ambientação do episódio quatro “Crazy Diamond” é magnífica.

Um dos episódios de série mais bonitos que já vi na vida
Um dos episódios de série mais bonitos que já vi na vida

Deem uma chance Freaks, tenho certeza que vão curtir algumas das histórias.

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