Baú da Freaks: Um Príncipe em Nova York 2
Fala Freaks! Hoje venho trazer a crítica de Um Príncipe em Nova York 2! Continuando o primeiro filme de 1988, a história traz novamente o príncipe Akeem, agora se tornando rei e tendo de lidar com não só as novas responsabilidades como também a descoberta de um filho bastardo.
Começo logo dizendo que o filme bebe muito da história do primeiro, o segundo filme traz não só uma continuação da história mostrando o que aconteceu com os personagens do primeiro filme como também apresenta uma ideia “reversa” do longa de 88. Se no primeiro temos muitas cenas nos Estados Unidos, nessa o principal cenário é o Zamunda, o país fictício da África, trazendo toda a paisagem africana e a cultura seja nas roupas e nas danças apresentadas ao decorrer do filme. A trama se pega em Akeem que agora é rei. Porém, as leis e tradições continuam as mesmas e Akeem acabou tendo 3 filhas que não podem reinar quando morrer e para piorar sua situação o general Izzi, vivido por Wesley Snipes está em suas portas pronto para tomar o reino de Akeem. No leito de morte de seu pai, o príncipe descobre que tem um filho bastardo nos Estados Unidos e vão voltar ao “reino do Queens” para encontrar esse filho perdido.
O novo filme tinha um grande trabalho que conseguiu realizar magistralmente: tinha que agradar tanto quem amava o primeiro filme como também não forçar uma ideia de nostalgia e de história barata. O longa traz nossos queridos personagens de volta para recriar diversos momentos, estabelecendo uma história que remete à original, sem fazer disso uma viagem por dinheiro e se aproveitando da “onda das continuações”. Mesmo que a trama da sequência se assemelhe à do primeiro longa, Um Príncipe em Nova York 2 faz questão de evoluir personagens, trazendo para o centro a importância de lidar com decisões feitas no passado.
As piadas clássicas estão lá em diversos momentos além do claro humor pastelão que era comum nos filmes dos anos 80, porém em muitos momentos vemos atualização e mudança mostrando que o filme tem força para andar com suas próprias pernas. Um ponto interessante é a questão da mulher no filme, se em 88 nada do assunto sobre força da mulher era se quer cogitado no longa, nesse ele se torna tema central da obra. As princesas, a própria rainha todas são citadas como mulheres que não deviam ter voz e que no decorrer do filme mostra que aquelas leis antigas já não servem nos dias de hoje e que podem sim, reinar, terem seu próprio comércio, ou melhor terem voz ativa na sociedade.
No final, Um Príncipe em Nova York 2 diverte se apoiando em uma trama simples e boas memórias, aproveitando algumas lacunas deixadas no primeiro filme e toda a nostalgia para quem cresceu assistindo, porém, trazendo personagens aprofundados e questões que devem ser conversadas. Apesar de alguns pequenos tropeços que o filme tem, Um Príncipe em Nova York 2 conseguiu fazer o que prometeu: honrar o passado e construir uma ponte para o futuro.
Nota especial para o ator Jermaine Fowler que pra mim, é a cara do comediante Nego Di, a dublagem ainda não me ajudou muito deixando a voz dos dois parecidas. Graças a Deus as similaridades só ficam na aparência!