Oscar 2024: Vidas Passadas é um verdadeiro Encontros e Desencontros
Enquanto assistia Vidas Passadas, não pude deixar de lembrar de um filme que gosto muito e tem essa mesma vibe de pessoas significativas que passam pelas nossas vidas, mas que muitas vezes não podem ficar, estou falando do clássico de Sofia Coppola, Encontros e Desencontros.
A sensação de monotonia e, ao mesmo tempo, a quantidade absurda de sentimentos em tela são alguns dos aspectos que fazem ambos os filmes agarrarem meu coração com força e tirarem algumas boas lágrimas dos meus olhos. Tudo é intenso, mas grande parte disso não é dito, pode ser percebido nas entrelinhas e nos olhares, algo que me encanta.
Indicado ao Oscar na categoria de Melhor Filme, o filme escrito e dirigido por Celine Song conta a história de Nora e Hae Sung, dois amigos de infância com uma conexão profunda, mas que acabam se separando quando a família de Nora decide sair da Coréia do Sul e se mudar para a cidade de Toronto.
Se conectando virtualmente ao longo dos anos, os amigos de infância se transformam em correspondentes amorosos e, depois de um longo período sem se falar, se reencontram em Nova York para vivenciar uma semana cheia de memórias, enquanto confrontam as noções de destino, amor e as escolhas que compõem uma vida.
O grande “e se” contido em Vidas Passadas transforma essa obra que poderia ser uma simples história de amor em algo maior, mais poético e mais real do que estamos acostumados a ver nos cinemas. Inclusive, o final da obra amarra essa ideia muito bem e não tinha como ser outro.
Recomendo que assistam.
