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Antes do Amanhecer: tem coisa mais atraente do que uma boa conversa?

O que mais gera palpitação: a troca de olhares ou a vontade de fazê-la?

Recuperando o tempo perdido no qual não tinha assistido um dos maiores romances de todos os tempos, comecei ontem a trilogia do Antes, composta por Antes do Amanhecer (1995), Antes do Sol se Pôr (2004) e Antes da Meia-noite (2013). 

Em Antes do Amanhecer me encantei pela potência e pureza existente no simples fato de conhecer alguém, das primeiras conversas tão interessantes e do sentimento de querer permanecer em um momento para sempre. É muito simples, mas tão bonito.

No filme, Jesse, um jovem americano, e Celine, uma estudante francesa, se encontram casualmente em um trem e logo começam a conversar. Ele a convence a desembarcar em Viena e gradativamente vão se envolvendo em uma paixão crescente. 

Com personalidades distintas, marcadas inclusive por suas nacionalidades, é palpável a tensão entre os dois e a naturalidade da conversa, assim como os silêncios que se formam e a maneira como eles vão ficando gradativamente confortáveis um com o outro. Mesmo com isso, existe uma verdade inevitável: no dia seguinte ela irá para Paris e ele voltará aos Estados Unidos. 

Seria imaturo buscar continuação para uma relação tão bonita que aconteceu durante apenas um dia? 

É esse sentimento que vai nos guiando pelo filme, sendo amplificado para mim em duas cenas que até me deram arrepios, a que os nossos protagonistas estão em uma cabine ouvindo música e ficam tentando não se olhar e outra na qual simulam uma conversa com seus melhores amigos. 

A trilha sonora, as atuações e a ideia central do filme são todas muito boas, vale conferir.

Antes do Amanhecer está disponível na Max.

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