Baú da Freaks: Mulher-Maravilha 1984
*Texto de 2020
Nesta quinta-feira, dia 17, estreou no Brasil o tão aguardado Mulher-Maravilha 1984, com o qual eu debutei no cinema após dez meses sem ir ao meu local de lazer preferido. Vai ser difícil Freaks! mas acredito que o ideal é fazer uma crítica sem spoilers e é o que tentarei aqui.
Em uma breve sinopse, o filme conta a história de Diana na década de 1980, que nesta sequência conhece Bárbara Minerva, sua colega de trabalho no museu, e também o ambicioso e carismático Max Lord. Já te digo que se você está esperando por cores, pochete e música delicinha, esse filme é para você!
Com ótimos atores e personagens interessantes, o filme trabalha bem as motivações de cada um deles e ganha muito com isso, já que a história não é extraordinária, o que não quer dizer que seja ruim, mas também não se destaca entre os demais filmes da DC, não sendo uma referência como foi o caso de Coringa, Bataman e arrisco dizer aqui: o primeiro Mulher Maravilha.
Quando comparamos as duas obras temos algo complexo em mãos: o primeiro filme é melhor em minha opinião, tem dois atos épicos e de arrepiar, com um último que infelizmente é só ladeira abaixo, já o segundo é bonito, agradável e redondinho em si mesmo, vejo linearidade e muita coerência nele, mas não é melhor, falta um pouco de tempero nele.
Sobre as coisas positivas do filme destaco a trilha sonora que é maravilhosa (vai ter muito dessa palavra aqui sim!), as cenas de ação que são um primor em especial no começo do filme (as amazonas retratadas pela Patty Jenkins são tudo) e nas lutas com a Mulher-Leopardo, aliás, que personagem incrível é a Bárbara e todas as suas facetas, gosto da forma como a personagem se encaixa na obra, longe de toda aquela rivalidade feminina que costumamos ver geralmente.
Dedico este parágrafo a Gal Gadot:
Vocês já viram essa mulher de perto? Pois eu vi mais ou menos na CCXP e garanto que ela é a própria Mulher-Maravilha. Gal se encaixa tão bem na personagem, é quase como se fosse ela mesma, dá para ver suas expressões de bondade, o amor que a heroína tem pelo mundo e tudo o de mais incrível que existe na Mulher-Maravilha presente nela, ver a Diana lutando é inspirador, é lindo e me deixa emocionada, seja nos quadrinhos ou nos filmes.
Como a ideia aqui é falar sem spoilers, queria só acrescentar duas outras coisas positivas neste texto, a cena pós-crédito que me deixou com um grande sorriso no rosto e também a frase que é síntese do filme: “Nada de bom nasce de mentiras”.
Se eu tenho algo a reclamar, o que é muito pouco mesmo, é que em algumas cenas Max Lord ultrapassa a linha do caricato e fica over demais para o meu gosto, no mesmo sentido, tem também os momentos em que o filme flerta com algo que é grandioso demais e não cabe dentro dele, o que ocasiona em alguns deslizes no final.
Mesmo assim, recomendo a todos que assistam ao filme, claro, se estiverem bem e se sentirem confortáveis indo aos cinemas.
Mulher-Maravilha 1984 certamente valeu o tempo de sua espera.