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Baú da Freaks: O Diabo de Cada Dia

O filme está disponível na Netflix

Fala Freaks! depois de muito tempo postergando, eu finalmente assisti O Diabo de Cada Dia, um filme de suspense/terror que se tornou facilmente um dos meus preferidos do gênero, ao me fazer ficar com a mente cheia e até mesmo um pouco confusa sobre os meus conceitos de bom e mau.

Então, neste texto quero dar cinco motivos para você assistir ao filme, todos eles sem spoilers.

Confira:

História

A história é bem complexa e difícil de se resumir, já que consiste em vários personagens passando por suas tramas sangrentas e cruéis que acabam se cruzando, mas basicamente, a narrativa central começa a ser contada a partir de um universo de pais e filhos. Willard Russell volta traumatizado para a cidade depois da Segunda Guerra Mundial.

Junto com seu filho Arvin, o homem que deposita todas suas fichas na fé cristã, vê sua esposa Charlotte adoecer e falecer por conta de um câncer. Assim, Willard molda a experiência de luto de Arvin de uma maneira que conduz a personalidade dele a partir de uma dureza e um entendimento de vida através do sacrifício.

Acho que o mais interessante da história é que aos poucos as histórias vão se juntando e, de repente, tudo começa a se clarificar. Lembrando que este é um filme de thriller, então as coisas que acabamos descobrindo não são nada bonitas.

Elenco

O filme é estrelado por Tom Holland, Bill Skarsgård, Riley Keough, Jason Clarke, Sebastian Stan, Haley Bennett, Eliza Scanlen, Mia Wasikowska e Robert Pattinson.

Como se não bastassem os ótimos nomes escalados, a narrativa permite que os atores entreguem performances brilhantes por meio de personagens nada convencionais e que, na maioria dos casos, fogem totalmente de suas zonas de conforto.

Existe dentro do filme umas cenas de violência brutal e isso exige muito dos atores, que conseguem nos fazer sentir raiva, repulsa e essa enorme sede por sangue.

Fanatismo Religioso

Em tempos de muita polêmica e intolerância, a mensagem deste filme é mais que necessária. No longa, nós conhecemos inúmeros fanáticos religiosos e entendemos que muitas vezes os “sacrifícios” que os homens fazem nada mais são do que gestos desesperados e que nada tem com o que Deus quer de nós.

Os personagens acabam se esquecendo das mensagens de amor, aceitação e paciência que existem na bíblia e tomam para eles apenas o que os convém: a dureza e a matança do antigo testamento.

A questão é que esse ciclo de violência só gera mais violência, e bom, através dessa história vemos que nada disso acaba bem.

O horror da vida real

Nada de monstros ou assassinos habilidosos que lutam com espadas ou metralhadoras. Em O Diabo de Cada Dia somos apresentados ao terror da vida real, com pessoas maldosas, mesquinhas, abusadoras ou que muitas vezes simplesmente erram.

A verdade é que a nossa criação nos molda, então como fazer isso tudo parar? Como explicar para quem sempre apanhou que ele não precisa bater para se sentir bem?

O filme nos faz refletir sobre isso e mostra o quanto a sociedade está longe de ser perfeita. O mais assustador é saber que podemos cruzar com pessoas assim no dia a dia e entender que as situações mostradas na obra podem estar acontecendo hoje mesmo com outras pessoas.

Esse filme é um horror bom porque é simplesmente real.

Obra complementar

Assim que terminei o filme fiquei ávida por mais material, e o legal é que existe. O Mal Nosso de Cada Dia, livro de Donald Ray Pollock, foi a obra que serviu como base para o filme, e de acordo com as avaliações que li, ele é tão bom quanto.

Se liga só nessa parte da crítica da Amazon: “se você é apaixonado por histórias sombrias e sinistras, O Mal Nosso de Cada Dia é o som e a fúria da nova literatura. Feche os olhos e comece a rezar”.

Depois desses motivos espero que tenha se convencido a ver o filme da Netflix ou então a ir atrás do livro.

Depois comenta comigo o que achou. Até a próxima Freaks!

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