A Substância: Maratona Oscar 2025

A cada vez que eu paro para pensar em A Substância, o filme vai ficando um pouco menos brilhante na minha cabeça, mas devo assumir que a culpa é inteiramente dessa que vos escreve, porque sei bem que a expectativa é a mãe das frustrações.
Se eu gostei? Sim, mas não considero que esse seja um dos melhores filmes do ano. Ao lado de Duna e Wicked, acredito que a Substância é uma daquelas obras pop que é tão bem feita, que merece o reconhecimento que teve, mas devo admitir que a trama não me surpreendeu em momento algum, sendo que o final, que me prometia isso, começou a deslanchar e logo ficou cansativo.
No longa, que é muito bem protagonizado por Demi Moore, o foco é a pressão estética, a sexualização das mulheres e o etarismo, todos tópicos muito bem trabalhados por uma diretora que sabe exatamente o que está fazendo. E onde falta brilho então? Eu acho que o filme poderia explorar muito mais essa aura pop, a bizarrice e até mesmo dar mais tempo de tela para suas duas protagonistas, sinto que por mais que os temas sejam muito bem desenvolvidos, os personagens não são.
Falta um cado de substância no filme, mas torço muito para que sua diretora seja premiada e, portanto, encorajada a fazer mais disso e em altas doses, depois desse Oscar.