Adão Negro não altera a hierarquia do cinema de super-heróis
Misturando a fórmula Marvel com um jeitinho de filmar do Zack Snyder, Adão Negro é daqueles filmes que quer falar muito, mas não diz quase nada. Divertido, um pouco enrolado e de qualidade mediana, o longa de The Rock amplia a mitologia da DC, no entanto, falha ao tentar reverter a hierarquia dos estúdios.
Em Adão Negro, filme que tem ligação direta com Shazam!, somos contextualizados no passado e no presente sofridos de Kahndaq, um país que foi escravizado e segue ocupado por estrangeiros que almejam seus recursos naturais, isso soa familiar? Definitivamente é, mas pouco se diz sobre o assunto.
Mesmo com as tristezas palpáveis, o povo de Kahndaq tem esperança de que um salvador apareça, o seu campeão, Teth Adam, nascido no Egito Antigo e com poderes como super força, velocidade, resistência, capacidade de voar e de disparar raios. Milhares de anos após seu sumiço, o poderoso Adão Negro é libertado de sua tumba para lançar sua justiça cruel sob a Terra.
Em sua narrativa, o filme não apresenta nada de novo e encontra dificuldades em tornar a história do protagonista interessante, o que muda apenas nas cenas de ação, que apresentam muito slow motion, músicas daquele estilo épico, explosões e uma pitada do sombrio e realista, Zack Snyder manda abraços!
Outro aspecto muito positivo é a introdução da Sociedade da Justiça, com ótimos membros como o Gavião Negro, Senhor Destino, Cyclone e Esmaga-Átomo. Aliás, todas as cenas que possuem os personagens são boas, sendo que todas as da Cyclone são fantásticas, com efeitos especiais lindos e uma muito bem traduzidos, fiquei embasbacada com Quintessa Swindell neste papel.
Mas e quanto ao The Rock? Bom, ele segue sendo o The Rock.
Adão Negro está disponível nos cinemas e, se for assistir ao longa, saiba que tem uma cena pós-crédito.