A Casa do Dragão faz jus à sua antecessora
Comecei A Casa do Dragão com receio de me decepcionar com a história e pode ser que isso ainda aconteça, mas em sua primeira temporada, a série me deu apenas empolgação e rendeu ótimas conversas sobre suas tramas políticas e os lados da Dança dos Dragões.
Em dez episódios cheios de acontecimentos, com personagens cativantes e duas protagonistas que esbajam boas atuações, foi impossível não esquecer do fiasco ocorrido no final de Game of Thrones, afinal, a nova série tem outras pessoas por trás e se baseia em uma história que já foi escrita por completo.
Minha esperança também cresce porque apesar das mudanças ocorridas no último episódio, como uma atitude mais agressiva de Daemon e uma fraquejada de Aemond, sinto que tais atitudes só agregam mais aos personagens, deixando-os mais complexos e nos fazendo ter questionamentos sobre ambos os lados.
Aliás, de início senti que A Casa do Dragão nos favorecia ao lado da Rhaenyra, mostrando apenas a bondade dela, mas me enganei porque apesar de ter raiva da Alicent, eu também consigo compreender sua situação, pois nos foram dados artifícios para ter ao menos um pouco de empatia pela personagem e acho isso necessário, sinto que essas dualidades fazem parte de GOT.
Este universo também se sustenta pela presença e o misticismo criado pelos dragões, criaturas que foram muito bem exploradas neste primeiro ano. Ver os dragões sendo conquistados, como eles botam ovos, como nascem e qual seu processo de luto foi muito interessante, assim como vê-los mais em confronto, lutando uns contra os outros.
A Casa do Dragão já tem uma segunda temporada confirmada e o planejamento para ser encerrada em quatro, então só nos resta esperar. Caso tenha chegado até aqui e ainda não tenha visto a série, ela está disponível na HBO Max.
