O Mundo Depois de Nós apresenta o suspense no apocalipse
Assisti O Mundo Depois de Nós duas vezes neste final de semana e, em ambas, fiquei com aquela sensação estranha devido aos enquadramentos esquisitos e essa trilha pra lá de tensa. Não amei o filme, mas achei ele muito competente no que se propôs, me deixando aflita para entender cada um dos detalhes desse fim de mundo.
Na obra, Amanda, Clay e seus filhos vão passar o final de semana em uma mansão de luxo. No entanto, os dias que prometiam ser um tanto comuns tomam um novo rumo após a perda total de comunicação nos arredores, além de um apagão que leva os donos da casa G.H e Ruth- pai e filha- a procurarem abrigo em sua comodidade alugada.
Explicitando um racismo latente, que se mistura com uma preocupação válida de não saber quem são as pessoas que estão de fato sendo abrigadas na mansão, passamos boa parte do filme tentando descobrir duas coisas: o que está acontecendo no mundo e o que G.H está escondendo, perguntas que talvez, tenham a mesma resposta.
Com acontecimentos aleatórios e um tanto assustadores, como o encalhamento de um cargueiro sem controle, os Teslas batendo um no outro e os estranhos cervos que se agrupam em frente a casa, nós só temos uma certeza: esse não é um ataque de fora, não é uma revolta da natureza, é humano e, portanto, muito pertubador.
O horror está nos pequenos frames em que vemos o que está acontecendo nas cidades grandes, na total falta de controle dos aparelhos eletrônicos, na assustadora dificuldade de comunicação e, principalmente, na convivência desconfiada entre essas duas famílias, que para sobreviver, precisam ficar juntas.
Amei o final do filme, mas queria ao menos uma cena pós-crédito que deixasse a história um pouco mais fechada. No entanto, se querem saber, acredito que só houve um final feliz ali, porque o horror pode ter começado na cidade grande, mas estava a alguns minutos de chegar ali.
O filme está disponível na Netflix.
