Baú da Freaks: A Caminho da Lua é mais um dos grandes acertos da Netflix
Fala Freaks! hoje venho aqui para falar sobre uma das animações mais lindas e emocionantes que já vi no catálogo da Netflix: A Caminho da Lua.
Enquanto muitos reclamam sobre as produções dos filmes para “adultos” do streaming, pouco pode se dizer das animações feitas por ele, já que como Klaus, A Caminho da Lua provavelmente será indicado a vários prêmios e já está conquistando o coração de muitos geeks por aí.
Como essa aqui é uma crítica sem spoilers, começo fazendo um breve resumo da sinopse do filme, onde conhecemos Fei Fei, que depois de ter finalizado a construção de uma engenhosa nave espacial, embarca para a lua a fim de provar a existência de uma deusa mística que supostamente habita no astro.
Essa foi uma das novas apostas da Netflix e definitivamente acertada, agradando todo tipo de público. O filme é educativo e conta com visual impecável, de encher os olhos e, algumas vezes, de derramar lágrimas deles também.
O que mais me empolgou no longa foi sua representatividade cultural, principalmente ao mostrar uma protagonista não americana e também feminina (que dessa vez não é uma donzela em apuros), já que Fei Fei é desbravadora, inteligente, criativa e uma das minhas novas protagonistas preferidas de animações. Basicamente, esse é o filme que vou mostrar para uma possível filha minha, quando quiser cativar nela inspiração para alcançar tudo o que almeja.
Dentro desse aspecto de aprofundamento cultural, conhecemos a lenda de Chang’e, que é um próprio romance gótico e, inclusive, faz um lindo paralelo com a existência do amor apesar das maiores distâncias. Ela é mulher na lua e também a deusa Chinesa que representa o satélite natural, e apesar de uma divindade, todos nós temos um pouco de Chang’e: uma parcela de solidão, de amor, de drama e de egoísmo também.
Outro detalhe que não comentei ainda e é muito importante é que a obra é um musical! E tem canções que foram traduzidas maravilhosamente, além de algumas cantadas em mandarim que chegam a arrepiar por tamanha beleza e harmonia (chorei sim).
Esse, como um filme animado infantil que se preze, tem os famosos animais de estimação fofos e engraçados. Desta vez, esse posto é assumido pela coelha de Fei Fei “Pulinho” e o “doguinho?” Gobi.
Sobre as mensagens que o longa me passou, acredito que ele explora muito bem a importância da família e como ela se transforma através do tempo, porque o amor é múltiplo e grande demais para não ser dividido, e claro, é preciso seguir em frente sempre. Isso não significa esquecer, é apenas viver.
Também vemos na tela as representações físicas do luto, da tristeza e da depressão, isso, quando a animação nos mostra essa bolha que se cria, afastando todos.
Se tenho algo ruim para falar do filme? Não, então para finalizar eu apenas gostaria de dizer: “se astronautas vão e vem, eu vou também”.