Conclave: maratona do Oscar 2025

Confesso que filmes com a “aparência” de Conclave geralmente não despertam meu interesse ou favoritismo na corrida pelo Oscar, é claro que este ano eu já tenho o meu preferido, mas se não fosse por Ainda Estou Aqui, talvez a obra fosse uma das que arrematasse meu coração.
Com um ritmo catártico, diálogos ótimos e aquela sensação de que não se pode confiar em ninguém, mais uma vez preciso dizer que isso sim é um thriller, diferente de Baby Girl. O que mais me interessou em Conclave é que a obra em nenhum momento se abstém das polêmicas católicas e do que a igreja representa: poder.
É explícito que a maioria dos homens ali serve a si mesmo enquanto finge que está pensando na humanidade como um todo, e é essa a grande confirmação que vamos tendo por meio dos diversos segredos descobertos e espalhados criteriosamente durante a eleição que com 72 votos, escolhe um novo papa.
Talvez seja a minha alma de fofoqueira, mas a descoberta de cada uma das polêmicas foi o que mais me manteve ali, empolgada do começo ao fim. Quanto ao desfecho do longa, admito que fui surpreendida para o positivo, apesar de ter uma ideia mais pessimista e dura de como aquele Conclave acabaria na realidade.
Quanto aos aspectos mais técnicos do filme (não que eu seja uma especialista no assunto, mas gosto de dar minha opinião), achei a reconstrução do Vaticano impressionante e a sensação de enclausuramento existente lá fantástica. Outro aspecto muito bom é o da trilha sonora, que nos impõe, do jeito mais positivo, a presença divina e assustadora que está presente em uma igreja.
Para finalizar, sobre as indicações ao Oscar, imagino que talvez tenhamos um prêmio para Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Ator, veremos!
Conclave está em cartaz nos cinemas.
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