Especial – Pânico (1996 – 2022)
Qual o seu filme de terror preferido?
Depois de ter visto os filmes do Pânico de forma aleatória e sem me dar conta da maravilha cinematográfica que estava na minha frente, decidi assistir aos longas em uma maratona que começou do clássico (e melhor) de 1996 e chegou até a nova estreia da franquia, em 2023, que já chegou nas plataformas digitais.
Os filmes tem uma premissa simples e que até recentemente orbitava em uma das maiores final girls da atualidade, Sidney Prescott. Tanto na escola, como na faculdade e fora dela, nossa protagonista enfrenta assassinos mascarados que testam seu conhecimento sobre filmes de terror e, na maioria das vezes, estão conectados entre si.
Como se isso não fosse o bastante, sua sobrevivência acaba a transformando em um ícone na cidade de Woodsboro, local em que os primeiros assassinatos aconteceram e, também, onde a repórter Gale Weathers percebe a chance de transformá-los em um grande sucesso através de seu livro, que posteriormente se transforma nos filmes de Facada.
Completamente opostas e muito carismáticas, as figuras de Sidney e Gale permeiam a obra sendo definitivamente essenciais para transformar os filmes no sucesso que são até hoje. Enquanto Sidney traz o trauma, a força e as questões familiares, vemos Gale aprendendo a equilibrar sucesso e valores, investigações pessoais, os furos jornalísticos e o bem estar de seus amigos.
Com altos e baixos, tendo em minha opinião o maior baixo (de todos) no segundo filme da franquia, a trilogia original contém os dois melhores filmes de Pânico: o primeiro, com os melhores Ghost Faces até hoje (Stu e Billy), além de todo um humor particular que me fisgou desde o primeiro momento e o terceiro, no qual a metalinguagem sobe mais um degrau e vamos para os bastidores de Facada, conhecendo também a maravilhosa Jennifer Jolie, atriz que interpreta Gale.
Diferente da maior parte das coisas que era vista naquele momento, Pânico fisgava (ainda fisga) por não se levar a sério, explicitando sem medo algum, quais são as regras do terror e tirando uma onda com a indústria daquele jeitinho que faz todo mundo entender e ficar pensando/ dizendo “não acredito que eles falaram isso”.
Agora, partindo diretamente para o meu terceiro filme favorito… Sim, estou me referindo ao incompreendido e divertido Pânico 4, último dirigido por Wes Craven e que chega dez anos depois do seu antecessor. Ainda focado em Sidney, mas trazendo o elemento “temos que refazer esse filme direito”, esse é o ponta pé para o que viria a acontecer com seus sucessores.
Acho que além das mortes um pouco mais sangrentas, outro elemento que chama muito a minha atenção é a escolha das pessoas assassinas, trazendo a primeira Ghost Face mulher e que tem aquele ar de Billy que faltou aos outros. Jill não tem escrúpulos, é sarcástica, é a Emma Roberts e ainda dá um belo trabalho para a Sidney.
Infelizmente o que era para ser uma nova trilogia não vingou, mas de certa forma encerrou bem o protagonismo de Sidney, Gale e Dewey, que passaram a fazer aparições pontuais nos filmes 5 e 6, ambos da Paramount, com uma nova direção e que tiraram um pouco do humor contido na obra, dando mais peso aos personagens e espaço ao drama.
Seguindo as irmãs Tara e Sam, os dois novos filmes continuam o legado do primeiro Pânico, mas de uma forma mais atual, se certificando de homenagear personagens e cenas sem se esquecer da sua voz própria, o que dá para Sam, a chance de ser diferente e tão icônica quanto Sidney.
Ao meu ver, os dois não são tão bons quanto os outros (fora o segundo), no entanto, tem um papel fundamental ao apresentar a franquia para um novo público, que pode se divertir com os excelentes novos personagens, mas também conhecer a origem desses filmes que certamente trouxeram um frescor para o gênero do terror.
Não sabemos muito sobre o que acontecerá no sétimo filme da franquia, que provavelmente trará Sidney de volta, mas de qualquer forma, Pânico merece a sua maratona.
Os filmes do Pânico estão dividos em vários streamings como: HBO Max, Prime Video, Paramount+, GloboPlay e Apple TV+.