Fallout mostra um outro lado do fim do mundo
Nunca joguei Fallout, acho importante já começar com essa afirmação para que saibam que a crítica aqui será apenas da série e não como uma adaptação, mas como um conteúdo único. A verdade é que eu não estava disposta assisti-la por conta dos horríveis bichos desse universo, mas deu certo e fico feliz, pois gostei da produção.
Fallout segue uma realidade alternativa onde o avanço tecnológico da guerra e os conflitos políticos causaram um apocalipse nuclear. Duzentos anos depois, conhecemos três realidades de sobreviventes completamente diferentes: a de Lucy, moradora de um abrigo; Maximus, um jovem soldado da facção paramilitar Irmandade de Aço; e The Ghoul, um caçador de recompensas.
Com fortes doses de gore, além de ironia e sarcamo sempre presentes, a série fala sobre hiprocrisia, capitalismo e religião (que estranho esses três andando juntos, não é mesmo?) de uma maneira muito inteligente, nada velada, mas extremamente palatável. Gosto especialmente de como essas críticas parecem exageradas, porém, quando olhamos para nossa própria realidade, conseguimos enxergar comparações notórias.
Fallout também encanta em sua trilha sonora e ambientação, expressando com o uso das músicas, do chiado de um vinil, dos cenários e figurinos, a “perfeição” existente nessas obras e na “realidade” dos anos 50. Existem alguns defeitos como o CGI carregado e a falta de aprofundamento em alguns núcleos? Sim, mas não é nada que estrague a experiência da série.
Recomendo muito que assistam Fallout, série disponível na Prime Video, que já está renovada para a segunda temporada.