FREAKS REVIEW

Greatest Hits: não existe apenas um grande amor

Filme está disponível no Star+

Assistir Greatest Hits depois de Evidências do Amor foi um tanto interessante, já que ambos os filmes falam sobre música e viagem no tempo, mas abordam isso da maneira mais diferente possível. Em Greatest Hits, obra sobre a qual falarei aqui, existe uma melancolia gigante, afinal a perda não é apenas de um relacionamento e sim de uma pessoa.

No longa, Harriet é uma jovem que faz uma descoberta misteriosa, após ter sofrido um acidente de carro, algumas músicas que ouve têm o poder de levá-la de volta ao tempo, mais especificamente para o período em que seu ex-namorado Max estava vivo e em que os dois estavam juntos. Encarando seu poder como um sinal de que deve salvá-lo, Harriet vive para isso.

Gosto de como acompanhamos uma personagem que já tem uma boa noção sobre seu “dom”, o filme não gasta tempo fazendo ela aprender a fazer essas viagens no tempo e nem tem aquele período em que a protagonista provavelmente desistiria disso, tornando a obra mais dinâmica e focada em seu real questionamento: para salvar alguém, você se excluiria de toda a vida dessa pessoa?

A resposta mais óbvia pode parecer sim, mas e quando você acredita que essa pessoa é o amor da sua vida? E quando o luto está te consumindo e você sabe que a única pessoa que mudaria isso seria quem você perdeu? São questionamentos egoístas, mas são extremamente humanos, por isso me emocionei muito em todo o filme, porque sei como é difícil deixar o passado para trás.

Com ótimas músicas, um final satisfatório e momentos graciosos de romance, Greatest Hits fala sobre amor, mais especificamente, sobre como ele existe de diversas formas e sempre continuará existindo, só nos cabe aceitá-lo.

O filme está disponível no Star+.

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