Heartstopper sai um pouco da esfera de sonho e coloca o pé na realidade
Eu amo a atmosfera da primeira temporada de Heartstopper, é claro que ela aborda temas complicados, mas faz isso de uma forma leve, sem que a gente veja os principais personagens sofrerem as prováveis consequências que enfrentariam na vida real, algo que me trazia esperança.
No entanto, o segundo ano da série apresenta uma abordagem diferente, nele, vemos como tudo o que foi relatado e visto na primeira temporada: o bullying sofrido pelo Charlie, a homofobia do time de rugby e até mesmo o fato do pai de Nick não aparecer, acarreta em traumas não superados pelo casal principal.
Ao colocar um pé a mais na realidade, Heartstopper consegue manter sua aura fofa, bem lúdica, mas também passa a se destacar mais, pois aborda temas sérios de maneira responsável e relacional, como foi o caso dos problemas que Darcy enfrenta em casa e as questões que Charlie evita a todo custo lidar, mas que aos poucos, vão aparecendo nos episódios.
Para além de fotografia, trilha sonora, roteiro e atuações, que continuam todos impecáveis, acho válido exaltar também o melhor personagem, com o melhor romance da temporada: Tao, que ganhou muitas outras camadas com a história da morte de seu pai e o motivo para Charlie ser tirado do armário.
Com o acréscimo de novos personagens cativantes, a consolidação do romance entre Charlie e Nick e a maravilhosa excursão para Paris, achei o novo ano de Heartstopper uma delícia de conferir, principalmente se você quiser reestabeler sua fé no amor!
A série está disponível na Netflix.