Maratona Oscar 2023: Nada de Novo no Front
Em toda oportunidade que tem, o Oscar indica filmes de guerra em suas principais categorias e, obviamente, faz isso porque existem ótimas obras com essa temática. O problema é que esses filmes não são muito a minha praia, então acabo assistindo-os sem grandes expectativas, o que por vezes é bom, já que acho 1917 impecável e em outros momentos maçante, como foi com Nada de Novo no Front.
O longa, que é mais um dos que adapta o livro de Erich Maria Remarque, segue o adolescente Paul Baumer e seus amigos Albert e Muller, que se alistam voluntariamente no exército alemão, movidos por uma onda de fervor patriótico. Ver a animação dos jovens ao irem para a guerra foi o que me deixou com o coração apertado e prendeu minha atenção no começo, pois é óbvio que eles acham que voltarão aclamados para suas casas, mas desde o começo, nós sabemos que isso nunca acontecerá.
Ao chegarem no front, os jovens são colocados em uma realidade cruel, assustadora e que tem como resultado a morte certeira, o que acaba mexendo muito com Paul, que até o final, luta com nenhum objetivo além de satisfazer o desejo do alto escalão de acabar com a guerra com uma ofensiva alemã. Esse ímpeto é o que move o filme, nos mostrando cenas tenebrosas de violência e do horror dos confrontos, algo feito com muita qualidade aqui.
Para além disso, devo elogiar também a trilha sonora impactante e a fotografia do filme.
A história pode ser semelhante a outras que já acompanhamos, mas definitivamente apresenta aspectos que são novos.
O filme está disponível na Netflix.