The White Lotus é uma vergonha alheia das boas 
Demorei, mas finalmente assisti The White Lotus, série que estreou sua segunda temporada na HBO.
Com seis episódios que falam sobre tudo e nada ao mesmo tempo, a primeira temporada da obra me deixou hipnotizada pelos podres e exóticos ricos que se hospedam no luxuoso hotel.
Em sua narrativa, acompanhamos uma semana de férias dos hóspedes do resort The White Lotus. Um lugar paradisíaco no Havaí, no qual os viajantes e funcionários se envolvem em situações inimagináveis para manter as aparências e, muito além disso, conseguir o que desejam.
O grande destaque e cola que une todas as narrativas é Armond, o gerente do hotel, que precisa se desdobrar em vários para poder oferecer a melhor experiência possível aos clientes. Junto com ele, vamos ficando frustrados e indignados com os comportamentos dos viajantes, pessoas sem o mínimo tato e senso da realidade.
Para além dele, outra figura que nos gera muita empatia é Belinda, a chefe do spa, que se vê em uma situação complicada quando uma das hóspedes, Tanya parece se apegar demais a ela. Acho que essa é a pior rica de todas! Narcisista, carente e sem o mínimo de simancol, Tanya suga tudo dos outros, promete mundos e fundos, mas no fim apenas vai embora.
Completando o combo da doidera temos ainda a hipócrita Olivia, o birrento Shane, os preconceituosos Mark e Nicole, a iludida Rachel, a mentirosa Paula e o viciado em tecnologias Quinn. Juntos, os personagens compõe uma história em que todos são odiáveis e, ao mesmo tempo, fascinantes.
Além dos personagens, outro fator impressionate da obra é sua trilha sonora, que remete a praia, ao luau e passa, ainda, uma vibe de falcatrua. A fotografia é outro dos destaques, linda e exagerada, aproveitando da beleza local e toda a breguice que a trama permite.
Talvez existam defeitos em The White Lotus, mas em minha experiência não encontrei nenhum, desta forma, apenas posso recomendar esta, que foi uma das melhores experiências que tive no ano 2022.
A série está disponível na HBO Max.