FREAKS REVIEW

Nosferatu faz 100 anos

O filme de 1922 é uma das melhores e mais fiéis adaptações de Drácula

Por: Bárbara Pinto

Nosferatu faz 100 anos esse ano, e isso é um marco e tanto para um filme que nem deveria existir.

A forma como o grande vilão marcou o cultura mundial sem dizer uma única palavra, é algo digno de nota, com o filme de 1922 sendo uma das melhores e mais fiéis adaptações de Drácula, e sendo o longa mudo mais arrepiante que eu já vi, na verdade um dos filmes mais arrepiantes que eu já vi.

Se você está aqui, possivelmente já conhece a história, mas vale relembrar.

No início do século 20, a indústria do cinema era muito forte na Alemanha, o que fez com que muitos clássicos viessem de lá, Nosferatu foi um deles, o maior deles talvez, não só pelo impacto e polêmicas, mas também pelo seu tamanho, tendo 2 horas de duração.

Sem computadores e CGI, tudo era feito no modo prático, e a maquiagem do conde é impecável, o ator sendo magro e alto de uma forma bem SlenderMan. Apesar de ter a aparência e nomes alterados, o enredo é Drácula de Bram Stocker, o que rendeu um processo e uma eventual proibição do filme vindos da viúva de Bram.

Mesmo assim, o filme não foi ignorado e até hoje segue sendo um ícone cult, com referências em outros filmes, como What We Do In The Shadows, em séries e livros como Nos4a2, do filho do nosso grande Stephen King, até músicas e jogos.

Há 100 anos atrás, o diretor fez o que muita gente não consegue fazer hoje em dia, quebrou leis, e marcou a história, com um filme mudo que te prende e te arrepia, com um trilha sonora inesquecível, assustadora e incomoda, diferente de muitos clássicos. ele segue sendo assustador mesmo tendo se passado tanto tempo.

Com uma tentativa de remake esquecível de tão horrenda, e digo isso de forma negativa. Expresso com toda certeza que o filme de 1922 deve ser visto mesmo que em parcelas, pelo seu icônico trabalho, em edição, maquiagem, som, atuação, fotografia, enfim tudo nele é ótimo, icônico e inesquecível, de várias formas e motivos.

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