FREAKS REVIEW

Eileen e o assombroso desejo de pertencer

Uma relação cheia de desejos, interesses e interpretações

As sáficas estavam loucas para ver Eileen, afinal, não é todo dia que assistimos Anne Hathaway loira e beijando mulheres. Veja bem, eu também ficaria apaixonada e, apesar de acreditar que teria senso para não deixar as coisas chegarem ao ponto em que chegaram, entendo demais como nossa protagonista foi parar naquela fatídica cena de segundo encontro.

Situados em 1960, acompanhamos a jovem Eileen, que com um pai alcoólatra, mãe falecida e irmã ausente, se vê presa em uma vida sem carinho, amigos ou qualquer outro incentivo para acreditar na beleza da existência. Ela vive por suas fantasias, nas quais sexualmente ou criminalmente, consegue escapar de tudo o que lhe sufoca.

Eileen sente a necessidade de ser amada, não importando por quem ou por qual motivo. Assim, encontra uma fonte para suas necessidades em Rebecca, uma conselheira cativante e glamourosa, que passa a trabalhar no mesmo local que ela, um centro de detenção juvenil. A relação dúbia das duas envolve interesse de ambas as partes, fazendo com que o espectador seja obrigado a tirar suas próprias conclusões.

Seria Rebecca mesmo uma psicóloga? Podemos confiar na visão de Eileen sobre os fatos? Que não existia amor de um dos lados eu tenho certeza, mas você pode argumentar contra isso também! Em 1h30 são muitas as nuances, as possibilidades e cenas nas quais parece que estamos fora da realidade, assim como Eileen.

Se puder, recomendo que assista.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *