Nosferatu (2024): uma bela obra em formato de romance e terror
Eu conhecia vagamente a história de Nosferatu, inclusive, fui uma daquelas crianças que morria de medo do personagem depois de sua aparição completamente aleatória e assustadora em Bob Esponja. Esse medo persistiu? Confesso que após assistir o filme não, mas ainda assim, essa foi uma obra com momentos que me deixaram assustada.
O filme conta a história de Ellen, uma mulher que desde nova é atormentada por sonhos premonitórios, convulsões, sonambulismo e a constante presença fria, mas ao mesmo tempo sedutora, de um demônio conhecido como Nosferatu. Vamos entendendo a relação de ambos conforme o longa se desenrola, mas é inegável a complexidade daquilo e como existe uma atração sobrenatural ali.
Ao mesmo tempo em que vemos Ellen sendo consumida por seus desejos e por seu passado, acompanhamos também seu esposo, um homem ambicioso e muito apaixonado que quer dar tudo para sua companheira, mesmo que isso exija ir para outro país, entrar em um castelo assustador e assinar um papel que não estava em sua língua. Não posso nem julgar porque a gente se humilha por emprego e por amor mesmo, é uma verdade.
Outros personagens muito interessantes aparecem também, mas o que conquistou minha atenção foi o doutor interpretado por Willem Dafoe, mostrando que uma boa atuação faz toda a diferença. Ampliando esse comentário sobre boas atuações, tenho que tirar um momento para falar sobre o que Lily Rose Depp faz aqui, que é um esculacho, ela está simplesmente fantástica no papel principal!
Em relação ao Nosferatu, eu confesso que não consigo levar seu visual muito a sério, mas entendo o apelo do personagem e sua importância. Quero ver como é sua representação nas adaptações anteriores, mas o que posso dizer sobre a de Robert Eggers, é que ele sabe muito bem como criar uma atmosfera de tensão, desconforto e beleza, tornando este filme muito bom.
Nosferatu está em cartaz nos cinemas.
