A Lenda de Korra- Livro Dois: Volta às origens do mundo e do Avatar
Nos primeiros episódios da segunda temporada de A Lenda de Korra, somos reapresentados ao time Avatar que de início parece bem desunido e passa um bom tempo sem Asami. Algumas coisas me incomodam já no começo deste livro, entre elas o relacionamento de Korra e Mako, que consegue ser ainda pior do que o triângulo amoroso que ainda continua envolvendo eles.
A guerra civil entre as Tribos da Água do Sul e do Norte também é mal executada, sinto que tudo acontece de forma muito rápida e nos falta contexto, principalmente por causa das atitudes de Korra, que são inconsequentes e me deixaram bem irritada. O nosso Avatar defende a igualdade e faz exatamente o contrário disso, sendo totalmente partidária e irresponsável com suas atitudes, o que talvez faça sentido pelo fato de ela ser uma adolescente.
Agora sobre os espíritos, se nos primeiros sete episódios eu achava que essa trama não era tão boa, nos outros sete eu fiquei boquiaberta com tamanha diversidade e a história do surgimento do primeiro Avatar, conhecido como Wan. Os episódios 7 e 8 são um primor (o traço de ambos é lindo) e a narrativa perfeita!
A mitologia de Avatar é tão rica, e se fortalece ainda mais no Livro Dois de A Lenda de Korra. me emocionou de verdade conhecer tantos seres belos e que são responsáveis pelo equilíbrio do mundo. A cultura oriental me fascina cada vez mais e suas crenças nos ensinam sobre respeito, empatia, aceitação e a importância da vida de tudo e todos. Também gostei muito de conhecer os irmãos de Tenzin e entender como funcionou a dinâmica de criação da família de Aang, que ao contrário do que pensávamos, não teve uma vida tão unida devido ao poder do pai e seus deveres de Avatar. Bumi e Kya são ótimos personagens e junto a Tenzin protagonizam algumas das melhores cenas destes 14 episódios.
A vida em Cidade República também continua bem interessante, e essa é uma das coisas que eu mais tenho gostado de a Lenda de Korra, a parte política da cidade, que toma rumos mais maduros e nos faz aprender sobre a importância da diplomacia e as entrelinhas que movem uma guerra (campanha publicitária, venda de armas e revolta da população), assim como o que pode impedir ela. Amei ainda o arco de Bolin, desde o momento em que ele se coloca em um relacionamento estranho com a prima mandona de Korra, até sua a estreia como ator de filmes políticos e populares.
O carisma do personagem só aumenta e ele consegue ser o melhor alívio cômico da série, na medida e sem forçar a barra. Entre o Primeiro e o Segundo Livro, gosto mais do Ar (1°) que tem uma história bem mais redondinha e que poderia continuar a ser abordada na segunda temporada, no entanto, o Livro dos Espíritos, por mais que não venha em uma crescente, tem ótimos episódios espalhados.
E que chocante foi ver todos os Avatares sendo apagados e derrotados juntos com Raava, achei uma escolha corajosa do roteiro. Então Korra é mesmo o último Avatar? Espero que um novo ciclo possa ser começado. Por fim, sobre a batalha final, que coisa mais linda e emocionante, gostei demais da cena dos dominadores defendendo Korra e assim usando os quatro elementos que a compõe.
Surto: Como foi bom ver o tio Iroh novamente, sempre o melhor personagem das histórias! Bom é isso gente e que venha o Livro Três!