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Jurado Nº2 balançou minha bússola moral

Nicholas Holt interpreta o protagonista no novo filme de Eastwood
O que fazer quando a acusação de alguém pode salvar sua liberdade?

Tem uma cena em Jurado Nº2 que diz muito sobre a maneira como me senti enquanto assistia ao filme. Nela, o nosso protagonista está ouvindo sirenes policiais de longe, a tensão ali é gigante e existe um medo palpável de ser pego, mas ao mesmo tempo, uma culpa que se entala na garganta. Eu estava tão imersa que queria muito que o longa acabasse, porque queria estar livre, me sentir protegida.

O novo filme de Clint Eastwood é um thriller, que diferente de Baby Girl, realmente me fez ficar tensa. Aqui, acompanhamos a história do jurado Justin Kemp, um homem que lida com sua sobriedade e a gravidez de risco de sua esposa, enquanto tem que julgar um crime no qual pode ter envolvimento. Existe algo correto a se fazer neste caso? Sim, mas é impossível não se colocar no lugar do protagonista e pensar no que eu faria.

Minha bússola moral ficou completamente perdida nesta situação. É difícil usar apenas a razão em algo que envolva nossa vida pessoal ou nos pegue pelo lado sentimental, mas cruel e egoísta deixar de usá-la, porque não somos os únicos que merecem justiça e um final feliz. Dito isso, não contarei a vocês como Jurado Nº2 acaba, pois quero muito que assistam. De qualquer forma, não existe um desfecho emocionalmente tranquilo para essa história.

Por fim, achei Jurado Nº2 um filme sufocante, muito bem atuado e com direção espetacular. Recomendo que assistam e, assim como eu, possam se sentir ativamente participantes desta decisão extremamente pesada que é contribuir com o destino de um réu como inocente ou culpado.

O filme está disponível na Max.

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