Andor (temporada 2): é assim que acaba

A segunda temporada de Andor se conecta diretamente aos eventos de Rogue One, um dos meus filmes preferidos do universo de Star Wars, mas é nítido que existe um grande esforço ali. Os arcos de episódios tem todos um salto temporal de um ano e, ao meu ver, nos beneficiaríamos mais vendo detalhadamente o que acontece nesses “meios tempos”.
Apesar dessa minha reclamação, é inegável o quanto Andor é superior aos outros materiais recentes de Star Wars. A série entendeu o contexto da história original e nos trouxe uma abordagem refrescante sobre a rebelião, explorando os pontos positivos de seu filme sucessor e agregando ainda mais a ele.
É efervescente assistir os rebeldes se organizando e entender que apesar da esperança, todos ali estão cientes de que as chances de sobrevivência são poucas. Vamos perdendo vários personagens no caminho e, apesar de sabermos da inevitável morte de Andor, torcemos com todas as nossas forças pela sobrevivência dele.
Eu amei a primeira temporada, continuo achando ela esteticamente superior, inclusive. Mas esses novos doze episódios me encantaram fortemente, ainda mais quando focados em personagens como Kleya e Mon Mothma, forças femininas que executam seus papéis nas sombras e carregam em si grande complexidade.
Além da narrativa, outro ponto de destaque é a trilha sonora, que foi minha obsessão em especial no episódio três. É incrível como ela consegue combinar com as cenas e, ao mesmo tempo, fazer um contraponto tão distinto em momentos que simplesmente quebram o nosso coração.
Para finalizar, devo dizer que me emocionei com a última cena, porque é só mais um dia, apenas uma missão e pega de jeito diferente porque todos eles pensam assim, mas nós já sabemos que será a última. E que a revolução viva, afinal, Cassian deu a vida por isso.
Andor está disponível no Disney+.