FREAKS REVIEW

Baú da Freaks: Fate- A Saga Winx apresenta primeira temporada divertida

Começo dizendo que se você for assistir a série esperando pelo desenho, vai se frustrar muito e perder uma ótima experiência. A essência da animação ainda está presente, mas os conflitos são muito mais maduros e sombrios.

Sobre as personagens, Bloom é uma protagonista extremamente identificável, curiosa e cativante, diferente do desenho, sinto ela muito mais interessante e tomando decisões mais assertivas. As outras meninas também são maravilhosas, mas é claro que ainda existe aquele problema de representatividade com a Musa e a Terra, no entanto, as atrizes são ótimas e interpretam adolescentes complexas e muito legais, o erro definitivamente foi da produção da série e não de suas atrizes.

O elenco surpreende ao trazer para o mundo dos live actions personagens carismáticas e humanas
O elenco surpreende ao trazer para o mundo dos live actions personagens carismáticas e com problemas reais

Mesmo tirando a representatividade latina, Fate trabalha bem a questão da gordofobia com a Terra, e eu gostei de ver uma garota que é fada, gorda e extremamente relacionável, dentro da trama nós vemos ela recebendo essas pequenas agressões verbais e a forma como a garota lida com isso é fantástica, Terra mostra que não é porque somos doces e queridas que temos que aturar qualquer coisa apenas para ter a atenção de alguém, ela se impõe e mostra a força da mulher gorda.

Musa e Aisha também se destacam por terem personalidades fortes e serem literalmente as fadas sensatas, a adaptação dos poderes delas para a obra veio muito a calhar e deu mais peso para as duas personagens, que tem que lidar com o controle o tempo topo. Infelizmente, a única que para mim acabou perdendo seu brilho e destaque foi a Stella, é claro que ainda vamos acompanhar toda a evolução dela nas próximas temporadas, mas sinto que a fada da luz não foi bem aproveitada.

Sobre os relacionamentos românticos da série, eu não me incomodei, mas também não senti aquela química absurda e nem aquele quentinho no coração de shippadora. A verdade é que acho que Sky e Bloom podiam ficar apenas na amizade agora e aos poucos ir desenvolvendo esse lado romântico, e também sinto a mesma coisa com Musa e Sam, eles são fofos mas não tem nada que nos faça torcer por eles.

Mudando completamente de assunto ou não, eu adorei essa junção entre os especialistas e as fadas, principalmente a questão de termos fadas homens e especialistas mulheres. As lutas também são bem coreografadas e empolgantes, já os efeitos especiais são convincentes o suficiente para ficarmos imersos na história, mas nada excepcional.

Com apenas seis episódios, a temporada passa muito rápido e sinto que ela é apenas uma preparação para o que ainda está por vir. Isso não necessariamente ruim, mas devo admitir que falta um pouco de emoção para a história, um grande vilão talvez. A verdade é que os queimados não tem todo esse “tchan” que nos faz ficar com medo, a Rosalind mal apareceu e a

Beatrix não segura essa pose vilanesca que sinto que precisava existir na série, aliás, estaria ela no corpo da irmã de Bloom? Seria ela a irmã perdida de Bloom? Como será a relação da vilã com seu novo “irmão” Sky?

Nossa, e como eu poderia esquecer de comentar a cena das asas!? Foi empolgante e ao mesmo tempo meio brega, mas meu coração fã do desenho amou ver a Bloom com suas asas de fogo. Ali os efeitos ficaram bem trash, mas para quem é fã de Teen Wolf isso não é nada.

Parece cena de comercial de perfume mas é só a Bloom mostrando suas asinhas

Parece cena de comercial de perfume mas é só a Bloom mostrando suas asinhas

Sobre o final, ver o pai do Sky vivo, o Silva preso, a Farah Dowling morta e saber que Rosalind será a nova diretora da escola, bem, só posso dizer que é agora que a “diversão” vai começar.

Para a próxima temporada acho que teremos um Sky mais sombrio e tentando a todo custo libertar Silva, uma Beatrix extremamente bitch de colegial (que sempre deveria ter sido o papel de dela) e a Rosalind fazendo de tudo para obter a chama do dragão de Bloom.

Em um breve resumo, eu amei a primeira temporada de Fate e acho que ela adaptou bem a animação, tratando os personagens com respeito e dando a eles um rumo mais interessante para que jovens adultos possam acompanhar. Espero de todo o coração que esta série ganhe uma nova temporada e que tenha mais episódios nela também, uns oito talvez.

Caso tenham teorias sobre o futuro da obra compartilhem com a tia Ana aqui, mal posso esperar para escrever mais sobre essa série para vocês.

Até a próxima Freaks!

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