Derry Girls entrega final emocionante, mas com gostinho de quero mais
Sabemos bem que as séries fora do eixo americanizado fogem um pouco do padrão de muitas temporadas, muitos episódios. Eu, particularmente, adoro isso, mas senti que não fez tão bem para a terceira e última temporada de Derry Girls.
Com episódios memoráveis como o do primeiro beijo de Clare e o da viagem de trem, a série continuou se focando na união das meninas, deixando as questões políticas da época como um plano de fundo muito interessante- e discreto-, que contrasta bem com a inocência das meninas.
Depois de assistir seis episódios primorosos, eu estava com tanta dó de terminar a série que fui postergando o seu capítulo final, o que talvez tenha sido meu grande erro. Digo isso, porque quando cheguei na conclusão e ela começou com “um ano depois”, foi como um balde de água fria para mim.
De repente, senti o contexto histórico vindo para a frente e a amizade das meninas de Derry sendo encolhida, indo lá pro fundo da história. Não me entendam mal, também é uma forma interessante de finalizar a trama, mas acho que precisava de episódios anteriores que fizessem essa transição de forma mais suave, pois senti que foi algo brusco.
No fim, é emocionante ver o que houve com Derry e a esperança que decorreu disso, me encheu de alegria assistir nossas protagonistas livres e prontas para viver em um lugar mais pacífico, cheio de oportunidades. Porém, faltou algo aí, o coração da série desde o princípio: a amizade entre Orla, Erin, Clare, Michelle e James.