Em Busca de Mim é uma viagem turbulenta e marcante
Coloquei Em Busca de Mim para assistir pensando que se tratava de uma comédia, mas percebi o equívoco logo no começo do filme, então fica aqui o aviso: neste drama dos países baixos, há gatilhos sobre consumo exacerbado de drogas e abuso sexual, então se atentem a isso e também para a classificação indicativa.
No filme, Sara, uma mulher recentemente divorciada e atormentada por problemas familiares, decide viajar para a ilha vulcânica italiana de Stromboli, local que originou um de seus grandes traumas. Durante a estadia, por conta de infortúnios que podem ou não ter relação com muito álcool e um pequeno incêndio na cozinha do Airbnb em que estava, ela se registra- quase que obrigada- no retiro ‘From Fear to Love’.
Talvez seja porque eu trabalho em uma empresa de autoconhecimento ou por entender um pouco (ainda bem pouco) dos caminhos usados por Jens e Thandi para acessar o subconsciente dos participantes do retiro, mas eu amei a forma como Em Busca de Mim lidou com os traumas de seus personagens, sendo bem responsável ao abordar esses sensíveis temas.
É muito interessante acompanhar a jornada de Sara, que começa a linkar o abuso que sofreu com a forma como lida com sexo, o impulso que tem em beber álcool o tempo todo e o motivo de estar em constante atrito com sua filha adolescente.
Além do fato de ter uma história interessante, Em Busca de Mim me conquistou por ser curto, potente e uma excelente pedida para quem ama um filmes sobre autoconhecimento. Recomendo fortemente mas, claro, com as ressalvas ditas no começo do texto.
Confira na Netflix.