FREAKS REVIEW

Warrior Nun (Critica com SPOILERS e expectativas para 2ª temporada)

Imagem Divulgação Netflix

Lançada pela Netflix na sexta-feira, dia 3 de julho, Warrior Nun acompanha a jovem Ava, que quando pequena sofreu um acidente de carro, perdeu sua mãe, e após isso, ficou tetraplégica e foi cuidada em um “orfanato convento” até o momento de sua morte. Tudo muda quando no necrotério, Ava recebe o Halo (um item mágico que a ressuscita e faz com que a garota ganhe poderes).

Quem vê os dois primeiros episódios da série pode não perceber todo o potencial e a diversão que a obra tem, isso porque, um primeiro plot envolvendo os jovens que ficam em casas ricas quando seus donos não estão – ou como eu gosto de chamar, os hippies do Boulos- é desgastante e não acrescenta muito para a história, apenas um romance sem futuro.

A história demora a engatar porque temos aqui uma das fases da Jornada do Herói sendo expandida ao máximo, Ava demora para sair da fase da negação de sua vocação e isso pode irritar muito o telespectador, que deu o play para ver freiras lutando contra demônios e não uma história teen de fuga e romance.

Mas as coisas mudam e muito! A partir do momento em que este núcleo arrastado sai da série e nos focamos mais na Ordem da Espada Cruciforme, os episódios fluem e a maratona começa a ficar deliciosa. Os dois maiores destaques desta parte são Beatrice e Mary, personagens com personalidades fortes, que tem seus segredos intrigantes e agregam muito para o aprendizado de Ava com ensinamentos relacionados a disciplina, aceitação e valorização feminina.

A série traz representatividade de forma assertiva e explora sexualidade e feminismo de maneira clara e objetiva, despertando no espectador uma vontade de discutir esses temas. Além disso, ver freiras lutando contra demônios é realmente muito legal!

Outra coisa que não decepciona são os vilões, temos a ciência e a própria igreja sendo antagonistas e tomando atitudes duvidosas por uma única coisa: poder. E ver como a igreja manipula os outros com a fé, pelo medo e para benefício próprio, bom, isso é bem real. Devo dar destaque aqui a revelação do Padre Vincent como um dos vilões, achei bem executado.

Para finalizar preciso dizer que a série tem uma ideia bem original, é divertida, tem bons efeitos especiais, personagens que dá gosto de ver, poderes e mitologia criativa. Definitivamente Warrior Nun é uma daqueles séries que nós precisávamos nessa quarentena.

Nota: 7.5 de 10

Episódio Destaque: 1×06 (Ver Ava e Mary tendo que conviver juntas é incrível e cativante)

Pergunta: Vocês também acharam a Alba Baptista (atriz que faz a Ava) a cara da Ellen Page?

Teorias para a segunda temporada:

A Arca

Será que o Michael, filho da cientista Jillian Salvius, consegue ver o anjo por causa de sua geração, que foi feita por meio do divinium?

Acredito inclusive que esse “anjo” seja o próprio Adriel e que a Arca construída seja uma passagem para o inferno e não para o céu, como a cientista e seu filho sempre acharam.

Inferno

O tempo que a freira Lilith passou lá não foi mostrado na série, mas acho que ao passar pelo inferno, a pessoa acaba desenvolvendo habilidades de demônio, e porque não, acaba se transformando em um. Seria interessante ver um demônio lutando contra outros demônios.

Beatrice e Ava como casal

Durante a temporada foram pinceladas pistas sobre a orientação sexual de Beatrice e seu interesse em Ava, com direito a uma cena que até parecia ser direcionada para um beijo. Talvez na segunda temporada, passando mais tempo juntas, as duas possam desenvolver mais essa ligação.

Duas Ordens da Espada Cruciforme

Após a nomeação de Duretti como Papa, a igreja católica será transformada não há dúvidas. Como ele sempre foi uma homem rígido e que chegou até a recrutar freiras sociopatas, não duvido que ele expanda ainda mais a Ordem da Espada Cruciforme, torne ela pública a todos e deturpe seu propósito.

Enquanto isso, acredito que Ava, a Madre e as demais freiras que amamos vão criar sua própria versão da Ordem, com os preceitos corretos e o objetivo de derrotar Adriel acima de tudo.

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