Kimi: Alguém está escutando segue a maldição de A Mulher na Janela 
Imagine a seguinte situação: uma agorofóbica descobre evidências de um crime violento e decide denuncia-lo. Mas quando o faz, é desacreditada por conta dos traumas que viveu e pela condição na qual se encontra, isso lembra vocês de algo?
Até ontem eu diria que o assunto era A Mulher na Janela, filme deplorável protagonizado por Amy Adams, mas agora não é este o caso, pois estou falando de Kimi: Alguém está escutando, longa da HBO Max, que tem em seu elenco Zoë Kravitz e o espetacular Jaime Camil.
Vou começar explicando melhor essa história, pois neste caso, Angela trabalha remotamente para uma empresa de tecnologia e ao revisar um fluxo de dados, descobre a gravação de um crime, este que denuncia imediatamente, mas encontra resistência e burocracia quando tenta levar o assunto para as autoridades.
Kimi retrata de forma interessante a agorofobia da personagem principal, e vemos isso com maestria nas cenas ao ar livre, onde a protagonista está sempre próxima das paredes, anda muito rápido e tem diversos takes em um ângulo diferente, mais para a diagonal.
Outro ponto interessante retratado no longa é o uso da tecnologia e como muitas vezes ela pode ser usada para nos ajudar, mas ao mesmo tempo, nos expõe de forma assustadora. Kimi, que dá nome ao filme, é uma espécie de Alexa e está atenta ao chamado dos personagens a todo momento, será que isso é bom ou ruim?
Por fim, venho explicar o meu título para esta review, porque assim como A Mulher na Janela, este filme começa muito bem e tem um final desastroso! Daqueles de dar vergonha mesmo, jogando no lixo boa parte do trabalho feito nos mais de 60 minutos.
De qualquer forma, este é um filme legal para passar o tempo, só não espere um bom final.
Até a próxima Freaks!