Madame Teia é mais ou menos e tá tudo bem com isso
É incrível o quanto Madame Teia foi xingado por ser apenas um filme mais ou menos. Estão pintando ele como o pior dos super-heróis? Sim, mas me desculpem, ele é bem melhor do que muitas pataquadas que eu já vi por aí e, além do estúdio dele, estou incluindo também obras da Marvel e da DC nesse comentário.
Protagonizado por Dakota Johnson, a história segue Cassandra Webb, que leva uma vida comum trabalhando como paramédica em Manhattan, até que, após um acidente, descobre uma nova forma de ver o mundo: através das teias que moldam e conectam passado, presente e futuro.
Desvendando aos poucos os próprios poderes, ela conhece Julia Carpenter, Anya Corazon e Mattie Franklin, jovens que tem seus destinos traçados e no futuro serão mulheres-aranha. Fugindo da morte eminente e descobrindo pontos em comum por meio da solidão, não demora até que as quatro entendam que, juntas, estão destinadas a algo muito poderoso.
Gosto bastante da forma como Madame Teia nos mostra o poder de Cassie, especialmente na cena do trem e do restaurante, as melhores na minha opinião. Fora isso, também me agradei com as referências à história do Peter, assim como com as menções sobre poderes e responsabilidades, seguidas também pelas aparições do bondoso Ben Parker.
Óbvio que a obra tem seus problemas, a cena da Amazônia poderia acontecer em qualquer outro lugar, as personagens são pouco exploradas, temos umas cenas mal construídas e um final levemente pavoroso, meio descolado em sentido e estética de uma boa realidade, mas nada disso exclui o fato de que eu me diverti durante boa parte do longa e de que eu estava o tempo todo ciente do que fui assistir.
Então, se você deseja ir ao cinema para ver algo que passe longe de grandes complexidades, esteja dentro do universo dos super-heróis e que ainda vai te fazer relembrar de boas músicas dos anos 2000, recomendo que dê uma chance para Madame Teia, filme que acaba de entrar em cartaz!