Matilda – O Musical não tem tanto impacto, mas capricha no contexto
Na manhã de Natal fomos agraciados (ou não) com Matilda- O Musical, a adaptação de um aclamado espetáculo teatral, que segue a mesma história do filme de 96, que é baseado em um livro de mesmo nome.
Tive como referência apenas o filme- acredito que como a maioria das pessoas- e por isso me senti bem deslocada, principalmente quando vemos essa nova obra ser mais infantil em alguns aspectos, mas tirar o fator lúdico de outros. Eu, por exemplo, achei os pais de Matilda caricatos demais, no entanto, senti falta de ver a protagonista se maravilhando com seus poderes.
Matilda continua sendo uma criança encantadora, muito inteligente e cheia de personalidade, mas sinto que falta uma inocência nela e talvez mais tempo de interação com Honey, mostrando ambas se divertindo, fosse transmitir isso.
E ao citar Honey, preciso falar da melhor parte deste filme: a ótima exploração que fazem do passado desta personagem, a dramatização do que ocorreu com seus pais e o motivo da professora ser tão amável e, ainda assim, pouco se opor frente as crueldades cometidas por Trunchbull.
Quanto aos números musicais, tem uns muito bons, como o da aula de educação física e da apresentação da escola, mas sinto que terem adicionado música na icônica cena do bolo fez com que ela perdesse todo o seu impacto. Em contrapartida, o combate final entre Matilda e Trunchbull é mais sombrio e interessante aqui, com direito a um ataque que vai além de apagadores.
No fim, a obra está repleta de pontos positivos e negativos, o que fará com que encante alguns e deixe outros preferindo mil vezes a original, porém, em ambos os casos, a considero interessante de se assistir.
Matilda e Matilda – O Musical estão disponíveis na Netflix.