Pam and Tommy mostra o tal do dois pesos e duas medidas

Como prometido, volto aqui com minhas considerações finais sobre Pam and Tommy, minissérie do Star+ que retrata a história real da sex tape roubada da mansão de Pamela Anderson e Tommy Lee.

Não tem como dizer que fiquei feliz vendo a série, mesmo porque, ela fala sobre questões que para quem tem o mínimo de empatia, serão difíceis de serem assistidas. Deixo um destaque especial para o episódio 6, no qual Pam teve que responder as perguntas mais absurdas sobre sua vida sexual, coisa que não tinha nada a ver com a liberação de suas fotos para uma revista que ela não tinha autorizado.

Nesse sentido, a produção segue um caminho coerente, e ainda bem, se foca em todos os problemas que esse crime causou para a vida de Pam, que foi exposta, sexualizada e violada perante o mundo todo, isso, logo no começo da popularização da internet.

Gosto de como fica evidente que para Tommy aquilo não era um verdadeiro problema, nunca lhe atrapalhou profissionalmente e nem gerou assédio, apesar de ter sim interferido em seu casamento e sua família, isso é claro, por todas as consequências enfrentadas por Pam.

Eu não conhecia muito da carreira de Pamela Anderson, mas essa minissérie me fez criar um carinho muito grande pela atriz, assim como por sua interprete, que simplesmente dá um show de atuação aqui, a maravilhosa Lily James.

Quanto ao que reclamei no primeiro texto, sobre o papel de Seth Rogen na série, mantenho minha opinião: acho seu personagem detestável e não gostava de acompanha-lo, nem nos momentos de ruína, nem nos de glória. Entendo que faça sentido vermos o ponto de vista dele, mas esse pano eu jamais passarei.

Por fim, preciso dizer que meu apego pela série só foi crescendo durante os episódios, achei ela muito bem produzida, atuada e roteirizada, mas confesso que me sinto invasiva por ter visto essa obra que também não foi autorizada pela Pamela Anderson.

Talvez sempre existam dois pesos e duas medidas.