The Eras Tour e Renaissance – os maiores shows pop de 2023 (em filme)
Começo dizendo que esse texto, de forma alguma, tem a intenção de rivalizar essas duas turnês mundiais de artistas simplesmente impecáveis. Decidi juntar as duas experiências aqui por tudo o que têm de similar: as maiores turnês do ano, de duas grandes perfeccionistas, com os maiores e, talvez mais assustadores, fãs do momento.
Por ordem de lançamento, inicio com o espetáculo teatral The Eras Tour, uma obra impecável que revive todos os albuns de Taylor Swift. Quando digo teatral, me refiro aos cenários, aos instrumentos, às falas e figurinos apresentados, que são milimetricamente planejados e parecem ter saído de uma peça musical que conta a história da cantora.
O filme documenta três apresentações de Taylor no SoFi Stadium, durante a turnê mundial de 2023. É impressionante, porque por mais que saibamos que são noites diferentes, as performances são tão idênticas que não sabemos necessariamente onde começam e param, fazendo deste, um espetáculo perfeito.
O show possui três horas de duração, e conta com um setlist formado por 44 músicas, ou seja, se você não for fã, é provável que se perca nas referências, eras e músicas, mas se acompanha mesmo que de longe os hits da cantora, certamente vai se divertir e sairá com a consciência de que está assistindo uma das grandes artistas da geração.
Agora, passando de uma perfeccionista para outra, temos o vibrante e levemente documental Renaissance, que acompanha toda a trajetória da turnê mundial realizada por Beyoncé em 2023. Foram quatro anos de planejamento, um procedimento no joelho e o crescimento artístico de Blue Ivy, vale a pena acompanhar.
Mesclando o passo a passo da turnê, o show de abertura em Estocolmo e o de encerramento da primeira parte em Kansas City, passamos um tempo considerável revisitando hits como Crazy in Love e Diva, além de ter o prazer de presenciar as impecáveis performances do novo álbum, que se destacam principalmente em Break My Soul e Alien Superstar.
Com muito figurino, dança e aparições de bandeiras/cartazes brasileiros, assistir Renaissance se assemelha, para mim, a estar num museu e encontrar uma arte que além do reconhecimento geral, também me desperta a sensação de sua importância, conversando comigo. Não é à toa que Beyoncé tem um legado artístico consolidado.
Válido dizer que ambos os filmes são produzidos pelas cantoras, que obviamente tem como objetivo promover a melhor imagem possível sobre si mesmas, por isso, não esperem algo impactante, mas sim, bem-feito. Bora apoiar artistas mulheres? Assistam The Eras Tour, que está disponível para aluguel, e Renaissance, em cartaz nos cinemas!
