Blonde é um completo desserviço
Criei coragem para assistir Blonde, filme fantasioso sobre Marilyn Monroe, que possui ótimas atuações e fotografia, mas que presta um desserviço por conta da hipersexualização deste ícone da cultura pop, da própria Ana de Armas e ainda apresenta cenas irresponsáveis que fomentam o movimento repressor de antiaborto.
Inspirado em um livro homônimo de Joyce Carol Oates, a narrativa mostra um pouco da infância traumática de Norma Jeane, assim como o período em que tornou-se atriz, na Hollywood dos anos 1950 e início dos anos 1960. Para completar, acompanhamos o seu por trás dos holofotes, no qual a importante figura vivia muitos problemas que aqui, podem ou não, ter sido tratados com cuidado.
Em um simples resumo, Blonde reimagina de uma forma horrível a vida de um dos símbolos mais duradouros do cinema, contando através das lentes modernas e masculinas, uma história que deveria ser mostrada por um aspecto feminista, aliás, por um bom olhar feminino.
O filme é lento, gráfico sem motivo, sexista e não ensina nada de novo sobre Marilyn, pelo menos nada real. Eu particularmente não recomendo que assistam, mas caso o façam, tenham cuidado com os gatilhos de abuso sexual, violência doméstica e abuso de drogas.
Blonde está disponível na Netflix.
