My First Summer explora a doçura e a melancolia da vida 
Depois de Crush, procurei por filmes fofos e sáficos que pudessem preencher minha alma com inocência e otimismo, no entanto, o que encontrei em My First Summer transcende isso, me fez pensar na vida e como a encaramos.
No longa, Claudia, de 16 anos, cresceu isolada do mundo exterior. Presa em uma propriedade remota após a morte de sua mãe, ela fica chocada quando Grace, uma animada adolescente local, aparece no jardim como uma miragem, uma lufada de ar fresco e açucarado.
Eu não pude nem sequer mexer em uma frase da sinopse porque é simplesmente isso, após o suicídio da mãe, no qual ela também deveria ter morrido, Claudia descobre a vida, entende que não há como se proteger da humanidade e, nem mesmo, do amor.
A relação entre as garotas faz com que consigam enfrentar fases complicadas em suas vidas, enquanto Grace foge de um lar repleto de brigas, Claudia descobre que a mãe a impedia de viver. Mas o que me encantou neste filme foi ver o sentimento das duas se desenvolvendo, inocente e, ainda assim, pulsante.
Essa beleza também se estende para a fotografia, que possui tons sombrios quando falamos sobre o passado de Claudia e ganha cores mais quentes nos momentos em que vemos ela aproveitando suas tardes ao lado de Grace. Vê-las tingindo lençóis, comendo doces e sorrindo juntas, isso definitivamente me fez querer aproveitar uma boa tarde de verão.
Por fim, apesar de ser um filme melancólico, terminei-o com esperança no coração, pois é só o começo da jornada individual e conjunta para as duas. Sei que muitos altos e baixos vão surgir, mas assim é a vida e ela algumas vezes é simplesmente linda.
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