A Verdadeira Dor: Maratona Oscar 2025

A Verdadeira Dor pode ser sentida de várias formas, é evitada de diversas maneiras, mas existe algo que a diferencia das outras, acredito que ela pode nos acompanhar a vida toda e não a entenderemos completamente, porque ela simplesmente é a dor que compartilhamos por sermos humanos, ela é um misto das reflexões que fazemos com os nossos “pecados”.
A Verdadeira Dor me pegou justamente por isso, é um filme tão verdadeiro em mostrar como somos complexos e como temos bagagem, essa que depende e independe da nossa descendência, conseguindo ser ao mesmo tempo coletiva e individual. É um longa difícil, porque se identificar com ele significa se abrir para memórias dolorosas e até mesmo lembrar de pessoas que de alguma forma nos deixaram ou tentaram nos deixar.
Com roteiro e direção de Jesse Eisenberg, o drama é sagaz ao nos mostrar como uma jornada pela Polônia, pela história, nada mais é do que uma jornada interna. Quem nos conduz aqui é uma família de dois primos: David, um pai reservado e pragmático, e Benji, excêntrico e boêmio. A dinâmica entre os dois é intensa, são duas perspectivas de vida diferentes e muita coisa deixando de ser dita, por isso, o filme prende e me encantou o tempo todo.
Achei uma obra tão sensível, dona de uma beleza e preciosidade tão grande, que a queria indicada como Melhor Filme e Roteiro, quem sabe até Direção, no Oscar 2025, mas fico feliz pelo reconhecimento que veio através da indicação ao Kieran Culkin, que está brilhante aqui.
Minha dica de ouro é: assistam A Verdadeira Dor.