Alien Romulus: o terror está no silêncio e no que há de quase humano
Sem assistir qualquer um dos outros filmes de Alien, minha total culpa e falta de noção, fui sem muitas pretensões conferir Alien: Romulus no cinema e que experiência! Atualmente tenho dado muito valor a isso, às experiências que somente uma sala cheia de pessoas e uma grande tela com um bom som podem proporcionar e Fede Álvarez, diretor do filme, parece ter total consciência do poder disso.
Ambientado entre os eventos do longa de 1979 e Alien, O Resgate (1986), a trama acompanha um grupo de jovens colonizadores espaciais que buscam fugir de uma colônia opressiva e, para isso, se colocam nas profundezas de uma estação espacial abandonada. Um tanto inconsequentes, eles logo tem que assumir um grande senso de responsabilidade quando descobrem uma forma de vida aterrorizante, forçando-os a lutar desesperadamente por sua sobrevivência.
Claustrofóbico e com uma atmosfera de terror psicológico forte criada por boas atuações, uma direção que sabe para onde vai, monstros bem inseridos nas demais dificuldades de roteiro e ótimo som e iluminação, Alien Romulus faz escolhas inteligentes e vai para um caminho inesperado. É aí que eu saí um pouco da atmosfera da obra, mas ao mesmo tempo, acho que o caminho trilhado foi um tanto original e deu um quê a mais de horror ao material.
Gosto do que foi feito aqui e posso garantir que se você for uma pessoa um tanto medrosa como eu, que ama um slasher ou terror psicológico, vai curtir demais a obra. Vá ao cinema assistir, vale o valor investido.