FREAKS REVIEW

Baú da Freaks: A Maldição da Mansão Bly, um ótimo drama disfarçado de terror

Por: Bárbara Pinto

Hey, Freaks! Então, sobre “A maldição da mansão Bly”, a continuação irmã cheia de personalidade própria de “A maldição da residência Hill”, por onde começar a falar dessa série cheia de alegorias e profundidades que vão além do jump scare e das tripas.

Dessa vez acompanhamos a Danielle Clayton, uma americana que resolve se mudar para longe para fugir de um trauma do passado, em busca de emprego, ela aceita o trabalho de au pair, uma espécie de tutora de duas crianças, a inocente e carismática Flora e o misterioso Miles, em uma mansão antiga, localizada no interior da Inglaterra, onde com o tempo, coisas estranhas começam a acontecer e ela se vê ameaçada por uma forte presença sobrenatural.

Assim como a primeira temporada, o terror dessa é bem sutil, eu diria ainda mais que a primeira, um foco maior no drama, e que drama, mesmo assim tendo um clima tenso muito bem construído que faz com que a série não perca a sua cota de terror.

A série é inspirada no livro “A volta do parafuso” de Henry James, com algumas outras histórias para deixar esse monstro maior, esse livro já teve outras adaptações, o maravilhoso filme “Os inocentes” de 1961, um dos melhores filmes de terror com crianças de todos os tempos, e o mais recente “Os órfãos” de 2020, que tá lá.

Como uma boa história de casa mal assombrada, tem seu cenário grandioso, com seus fantasmas a espreita, e uma tensão palpável entre os personagens. A fotografia cheia de planos abertos e enquadramentos explorando a profundidade, com planos lentos.

Imagina só limpar isso tudo

Os personagens bem construídos e humanizados, com seus defeitos e virtudes, deixados ainda melhores pelo desempenhos dos atores, até mesmo as crianças são cheias de talento, constantemente roubando a cena até quando estão com os adultos e te deixando nervoso até sem abrirem a boca. Apesar das novas carinhas, o elenco também é composto por atores da temporada anterior, com destaque para a maravilhosa Victoria Pedretti que anteriormente tinha interpretado a lindeza da Neil, agora tendo mais tempo de tela como a protagonista ela fez uma personagem corajosa, forte e disposta a tudo por quem ama.

No elenco repetido também temos Oliver Jackson-Cohen, o irmão gêmeo da Neil que aqui é o controverso Peter Quint, e o Henry Thomas que foi de pai a chefe da protagonista.

Mas os outros personagens não podem ser esquecidos, o cozinheiro Owen Sharma interpretado pelo lindo do Rahul Kohlie de Izombie e a governanta Hannah Grose feita pela linda T’Nia Miller principalmente, amor eu sinto.

Essa pegada romance gótico é um extra maravilhoso da série. Diferente da primeira temporada, essa fala sobre amor, luto, o medo da morte e o apego a vida, entregando um final emocionante e marcante, que vale muito a pena ser visto.

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