FREAKS REVIEW

Baú da Freaks: Máquinas Mortais 

Máquinas Mortais
Filme tem um ritmo lento, mas cativa do meio para o final

Máquinas Mortais está no meu radar desde o seu lançamento, em 2018, com grande potencial para se tornar uma franquia de sucesso, o que mais me gerava curiosidade ali era entender o que houve de errado, e ao assistir o longa, finalmente compreendi.

Nesta história, a Terra está destruída e para sobreviver, as cidades se movem em rodas gigantes, conhecidas como Cidades Tração, estas que lutam umas com outras para conseguir mais recursos naturais. Essa parte é toda muito original, com belos efeitos especiais e uma mitologia muito rica como base.

Mas o protagonista não segura muito a nossa atenção, infelizmente não consigo comprar o ator Robert Sheehan como um galã extremamente bom moço e aqui nós não temos um pingo de profundidade nele, o que eu não acho nem que seja um problema de atuação, mas de escalação ou de direção mesmo.

Já Katherine, filha do grande vilão, tem umas viradas muito sem sentido: ela desconfia do pai por nada e quando descobre seus terríveis feitos, não demonstra nem mesmo um choque relacionável, é como se essa trama fosse completamente robótica e estivesse ali apenas para preencher uma cota.

Uma outra coisa que não me agrada aqui é que o filme se esforça demais para que criemos uma identificação com ele, por meio de bolinhos Ana Maria, celulares, torradeiras e Minions, é quase como se tudo implorasse para que a gente ficasse chocado com essa possibilidade para o nosso futuro, só que não convence.

O roteiro também é muito expositivo, bizarro de expositivo na verdade, a gente conhece toda a história por meio de falas do nosso protagonista e isso acontece em conversas mecânicas, feitas com uma personagem que já está ambientada nesse mundo.

Mas agora vou ressaltar uma parte sensacional desta história, que é a trama de Shrike, esse ressuscitado que vai atrás de Hester Shaw para que ela possa cumprir sua promessa. Mas quem é Hester afinal? Já que ainda não falei dela. Essa é a segunda parte boa da nossa história, Shaw é uma das nossas protagonistas e a que mais nos gera empatia: inteligente, vingativa e independente, a personagem foi um dos grandes motivos para eu ter terminado essa história.

Eu achei esse um filme mediano, mas que não tem a mesma paixão e carisma que encontramos em outras franquias como Jogos Vorazes e Harry Potter, uma pena ter saído desta forma.

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